21 de mai. de 2009

Lula deixa a China com investimentos acertados




A visita oficial de três dias do presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, à China termina hoje com saldo positivo e a abertura de uma nova fase de investimento chineses no país.




Ele e o colega Hu Jintao anunciaram ontem que os dois países terão um plano de ação de longo prazo para o relacionamento bilateral, que vai vigorar de 2010 a 2014.





O anúncio mais importante foi o de que a Petrobras e o Banco de Desenvolvimento da China (BDC) assinaram ontem contrato de financiamento de US$ 10 bilhões para o programa de investimentos da estatal brasileira.




Segundo maior empréstimo individual obtido pela companhia, a operação eleva a captação de recursos nos primeiros cinco meses de 2009 a US$ 30 bilhões, valor recorde e três vezes maior que o registrado em todo o ano de 2008.




O presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, afirmou que os US$ 30 bilhões suprem as necessidades de financiamento da companhia pelos próximos dois anos. Gabrielli disse que a taxa de juros cobrada pelos chineses está abaixo dos cerca de 6,5% a 7% nas captações da empresa em prazo semelhante.




Também na conta da visita, há a confirmação da montadora chinesa Chery, de instalação de fábrica no Brasil.




Fonte: Jornal do Commercio

Decreto limita circulação de caminhões na Dutra entre 5 e 10 horas

Fonte:
O Estado de S. Paulo
19/5/2009

Decreto publicado no Diário Oficial de Nova Iguaçu de hoje suspende o tráfego de caminhões e carretas na Rodovia Presidente Dutra, entre 5 e 10 horas, nos dias úteis. A medida foi tomada pelo prefeito Lindberg Farias (PT), sob alegação de reduzir a emissão de gases poluentes, mas a intenção é aliviar o trânsito no horário do rush. De acordo com o prefeito, 2,5 mil caminhões e carretas passam por Nova Iguaçu diariamente.
"Não posso legislar sobre uma rodovia federal, por isso o decreto se baseia em questões ambientais. Mas essa medida vai desafogar o trânsito e beneficiar mais de 6 milhões de pessoas", afirmou. "O decreto não vai afetar a economia. As empresas de transporte precisam organizar seu sistema de abastecimento."

O decreto prevê ainda a criação de barreiras ambientais. Os motoristas que desrespeitarem as regras estão sujeitos a multas e até apreensão da carga. As empresas têm 30 dias para se adequar.

O presidente da Federação do Transporte de Cargas do Rio de Janeiro (Fetranscarga), Eduardo Rebuzzi, classificou a medida de "absurda, autoritária e unilateral". "Fomos surpreendidos. Em nenhum momento a prefeitura conversou com o setor. Bloquear a chegada à cidade afetará o abastecimento da indústria e do comércio. O impacto será para toda a sociedade", afirmou.

Rebuzzi disse que a federação decidiu esperar até a publicação do decreto para depois negociar com o prefeito. Se as conversas não surtirem efeito, a Fetranscarga vai questionar a medida na Justiça.

Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) informou que um decreto municipal não tem efeito sobre uma rodovia federal concedida. De acordo com a Assessoria de Imprensa, a concessionária Nova Dutra tem a obrigação contratual de garantir o fluxo da via e tomar as medidas legais para impedir as barreiras ambientais de interromper o tráfego de caminhões. A Nova Dutra não se pronunciou.

Por: Clarissa Thomé

19 de mai. de 2009

Tecnologia garante controle para as companhias de logística e entregas

Fonte:
Valor Econômico

A evolução das redes móveis de transmissão de dados também contribuiu para o avanço das soluções de localização e controle de frota. Combinando tecnologias de radiocomunicação e telefonia celular com o sistema de posicionamento global (GPS), as operadoras de telecomunicações são capazes de encontrar veículos e profissionais em suas áreas de cobertura. O recurso não necessita de altas velocidades para o tráfego de dados e traz inúmeras vantagens para empresas que dependem das informações de quem está na rua.

Um bom exemplo é a solução utilizada pela companhia de logística Direct Express. Cliente da Nextel, a Direct apostou na conectividade para gerir seus recursos de entrega. "Conectados, podemos atender às expectativas do setor de comércio eletrônico, que precisa de informações em tempo real sobre entregas", destaca Luiz Henrique Cardoso, diretor comercial.


Para ele, a opção pela radiocomunicação foi a mais acertada para a companhia pelo fato de a logística considerar o veículo e o entregador. "Não basta saber onde o carro está, precisamos de comunicação rápida com o profissional de campo, que também nos transmite dados sobre cada entrega". A Direct informa em tempo real a posição de cada encomenda. Após realizar a entrega, o portador envia mensagem via sistema para a central, informando que o trabalho foi concluído. Esta informação segue direto para as centrais de atendimento dos clientes da Direct. "Fazemos 600 mil entregas por mês, 25 mil por dia. Ou seja, uma entrega a cada três segundos. Sem tecnologia, seria um caos", comenta Cardoso.
Ao todo, são 700 aparelhos Nextel em operação. Além de enviar sinais para o software de localização, que mostra onde está cada veículo da frota, os entregadores se comunicam via rádio com os centros de distribuição da Direct. Pelo sistema, eles também enviam informações sobre ocorrências nas entregas. Se um cliente não está em casa, a informação vai para a central de atendimento do lojista, que pode ligar imediatamente para saber se há outra pessoa para receber a encomenda. "Ganhamos tempo e reduzimos custos."


A transmissão de dados por telefonia celular foi a saída encontrada pela cooperativa Use Táxi, em São Paulo. Com frota de 360 carros, a empresa queria agilizar o atendimento e, ao mesmo tempo, aumentar o número de corridas. A solução veio com um software produzido pela Autocab, que utiliza redes com tecnologia GPRS para enviar dados para localizar veículos. Por meio do software, a central de atendimento identifica o carro mais próximo do endereço do cliente e envia mensagem de texto com a ordem de serviço para o motorista. "Reduzimos em 60% o tempo que o motorista levava para chegar até o cliente", destaca Arnaldo Sanches, diretor de operações da Use Táxi.


"Com a mesma frota, realizávamos 1,5 mil chamados por dia. Atualmente são 2,8 mil", comemora. O investimento com o software e o equipamento, que pode ser um computador de mão ou uma tela instalada no automóvel, foi, em média, de R$ 6 mil por unidade. Além disso, a empresa fechou contrato de serviços com a Claro, rede na qual trafegam seus dados, e contratou contingência com TIM, para não ficar sem serviço. "O custo-benefício da solução é indiscutível. Melhoramos o atendimento, ganhamos produtividade."

18 de mai. de 2009

Transportadores de produtos perigosos querem menos burocracia

Brasil tem exigência de uma licença para cada Estado e transporte de produtos perigosos é prejudicado com o alto custo das licenças e a burocracia para obtê-las. Transportadores querem licença única nacional, pois julgam que com cadastro em todo o País veículos que transportam cargas perigosas teriam mais visibilidade e a fiscalização seria mais eficiente
















Transportar produtos perigosos, além de ser uma operação complicada e que exige uma série de cuidados, com a checagem dos itens de segurança e bom preparo para lidar com eventuais acidentes, é também uma tarefa cara e que exige muito trabalho e paciência.

Isso porque, para trafegar com uma carga perigosa no Brasil e atravessar os territórios dos Estados da federação, são necessárias diversas licenças, o que aumenta o custo e gera complicações devido à burocracia na obtenção dessas licenças.

Para a diretora do Gupo Argos, especializado em transporte de cargas perigosas, como químicos, combustíveis e insumos industriais, Paula Fonseca Sousa Lima, as licenças não se justificam e não se configuram em um instrumento para fazer deste tipo de transporte uma atividade mais segura. “O grande número de licenças não se justifica, pois na realidade isso é só burocracia. Cada Estado faz uma exigência diferente alegando que é para ter mais segurança no transporte, mas, no fim das contas, quando de fato acontece um acidente com carga perigosa, toda essa papelada que foi providenciada se mostra inócua e não auxilia nas emergências”, diz Paula, que também é diretora-adjunta da Diretoria de Especialidade de Transportes de Produtos Perigosos do SETCESP (Sindicato das Empresas de Transportes de Carga de São Paulo e Região).

Um exemplo da burocracia é a necessidade de obtenção de licença apenas para passar pela cidade de São Paulo. “Como São Paulo é um grande entroncamento rodoviário, muitas cargas vindas de todo o Brasil passam por aqui e todas têm que ter a licença municipal, que em alguns casos de transportadoras que movimentam muitos tipos de produtos, pode chegar a custar R$ 100 mil. Além disso, tem que ter licença por veículo e por tipo de carga também”, explica Paula.

Proposta de licença nacional

De acordo com a diretora da Argos, as entidades de classe que representam as empresas de transportes perigosos estão realizando um trabalho para propor aos órgãos governamentais a criação de uma licença nacional única, que acabaria com a burocracia e ajudaria na fiscalização também. “Nossa intenção é que, com o apoio da ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres), consigamos criar uma licença nacional para o transporte de produtos perigosos. O licenciamento de veículos é um bom exemplo, pois o cadastro nacional ajuda as polícias e órgãos de trânsito a fiscalizar toda a frota circulante no País. Queremos fazer a mesma coisa em termos ambientais também. Já existe uma iniciativa, que é o P2L2, um plano nacional de atendimento a emergências”, explica a executiva.

Os empresários do segmento não consideram que a licença única nacional possa abrir uma brecha para os “aventureiros” atuarem no transporte de perigosos, afrouxando as regras para este tipo de operação. “Eu acredito que esta brecha não haverá, pois na verdade a licença nacional fecharia mais o cerco, dificultando a ação dos aventureiros, que hoje atuam de forma irresponsável e perigosa em nosso segmento. O controle seria maior, os bancos de dados se conversariam e a fiscalização teria mais eficácia com um cadastro geral na ANTT”, finaliza Paula.

Paula deixou claro que o que as empresas querem é o fim da burocracia e a racionalização dos processos de obtenção das licenças, e não um afrouxamento nas regras. “Queremos um transporte de produtos perigosos mais seguro e fiscalizado, sem a atuação de empresas irresponsáveis, mas queremos isso com custos e processos mais racionais, e não com uma licença para cada Estado”, diz Paula em entrevista ao Portal Transporta Brasil.

Mistura de biodiesel no diesel sobe para 4%

O governo decidiu aumentar dos atuais 3% para 4% a mistura de biodiesel no diesel. A elevação no porcentual, que começa a vigorar a partir de julho, foi anunciada ontem pelo ministro de Minas e Energia, Edison Lobão. A previsão é de que a mistura suba para 5% no próximo ano.



Para evitar impacto inflacionário e aumento do preço final do diesel, o Ministério da Fazenda vai extinguir o PIS e a Cofins que são cobrados sobre o biodiesel. Isso será feito, segundo o ministro, por meio de uma emenda a uma medida provisória que já está tramitando no Congresso Nacional.



Segundo Lobão, o programa do biodiesel "está dando certo" e a previsão é de geração de 100 mil empregos. Para incrementar a produção, o governo está estudando a criação de uma fábrica de biodiesel a partir do dendê no Estado do Pará.



O dendê, de acordo com o ministro, produz 10 vezes mais biodiesel que a soja, hoje responsável por 80% do volume do combustível vegetal produzido no País.



A decisão foi tomada em reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, da qual participou também o ministro da Agricultora, Reinholds Stephanes. A elevação do porcentual de mistura do biodiesel, segundo Stephanes, serve como uma propaganda do País em relação às questões do meio ambiente.



"O governo quer sinalizar ao mundo que o Brasil continua investindo em energia limpa, em biodiesel", comentou.



Na reunião de ontem, que contou ainda com a presença do ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, também ficou definido que será construída uma fábrica, no Estado do Paraná, para extração de biocombustível a partir do dendê.



ADAPTAÇÃO



Segundo uma fonte do governo, a renúncia fiscal com que o governo arcará com a extinção da cobrança do PIS e da Cofins sobre o biodiesel é de aproximadamente 1% sobre o valor total do volume comercializado do produto. "Não é bem uma renúncia, é mais uma adaptação", disse a fonte.



O biodiesel começou a ser adotado obrigatoriamente no Brasil em 1º de janeiro de 2008, com um porcentual de mistura de 2%. Em 2009, a mistura subiu para 3%. O plano inicial do governo era subir de 2% para 5% somente em 2013, mas se optou pela elevação gradual da mistura e pela antecipação dos 5% para 2010.


Fonte: O Estado de S.Paulo/Valor Econômico

EcoRodovias acelera projeto de novos terminais de carga

Fonte:
Valor Econômico
15/5/2009


Uma das maiores concessionárias de rodovias do país, responsável pelo conjunto Anchieta/Imigrantes, em São Paulo, e rotas no Paraná e Rio Grande do Sul, a EcoRodovias está tirando do papel um plano para transformá-la também em uma grande empresa de logística. A companhia lançou no fim do ano passado um pátio de 400 mil m² para movimentação de contêineres em Cubatão (SP), deve inaugurar um ainda maior no início da rodovia Imigrantes em 2011 e planeja mais polos do gênero em outras rotas administradas pela concessionária A projeção é de que em quatro anos a área de logística irá corresponder a 20% da receita do grupo, que fechou 2008 em quase R$ 900 milhões.

Segundo o presidente da EcoRodovias, Marcelino Rafart de Seras, o plano de desenvolver a área de logística associada à atividade de concessão surgiu ainda 1998, logo depois de assumida a rota Imigrantes, mas teve de aguardar até 2003 para começar a ser executada - passados os investimentos mais pesados nas rodovias e a turbulência financeira que atingiu o país em 2002. A visão do executivo é de que todas as operações do grupo envolvem importantes rotas turísticas e de exportação/importação, e a entrada na logística não significa mudar o foco da empresa.


A primeira iniciativa, o Ecopátio Cubatão, começou a operar no fim do ano passado e recebe uma média de 1,5 mil caminhões ao dia em seu pátio regulador. O espaço deverá ganhar ainda este mês um novo serviço, um polo metal-mecânico para reparação de contêineres vazios, e há negociações para a instalação de um polo intermodal para movimentação de contêineres cheios. O polo integrará o modal ferroviário, agregando uma linha da MRS que passa a poucos metros do pátio, e a EcoRodovias pretende inaugurar o primeiro serviço de modal aquático para embarcar mercadorias nos navios dos terminais de Santos - pelo sistema, a carga sai do pátio e segue em barcaças até os navios. A empresa tem ainda planos de apostar na operação de terminais molhados no próprio porto de Santos.


A experiência de construção de pátios de movimentação de carga na entrada e na saída das rotas administradas pela empresa deverá ser replicada em todas as outras concessões da EcoRodovias, diz Rafart, incluindo o corredor Ayrton Senna/Carvalho Pinto, com a concessão ainda pendente de ser confirmada pela Agência Reguladora das Rodovias de São Paulo (Artesp). Há projetos em andamento no terminal de Rio Grande, no Rio Grande do Sul, e no futuro algo pode ser feito em Paranaguá, no Paraná. Há ainda projetos para instalar uma operação de logística na região de Campinas (SP) - no caso, longe de qualquer rodovia operada pelo grupo.


Um elemento importante para a dinâmica das operações em São Paulo será a construção do Rodoanel, diz o executivo. Hoje toda a concentração de grandes armazéns e pátios rodoviários está ao redor das rodovias Bandeirantes, Anhangüera e Castelo Branco. Mas a conclusão do trecho sul do Rodoanel paulista criará uma rota totalmente livre de cruzamentos ou semáforos entre Campinas e Santos. "O caminhão que fazia uma viagem e meia por dia, vai fazer três viagens. O modal ferroviário será imbatível de Campinas a Santos", diz. Com isso, os polos do armazenamento deverão mudar para as proximidades do porto ou para o entroncamento da Imigrantes com o Rodoanel, exatamente onde a empresa está instalando um complexo de 630 mil m². A mesma lógica deverá ser aplicada à Ayrton Senna quando for inaugurado o trecho leste do Rodoanel.


No caso da Ayrton Senna, segundo o presidente da EcoRodovias, a consolidação da rota como corredor de exportação ainda vai depender de muito investimento público tanto no porto de São Sebastião, aumentando o número de terminais, como na Tamoios, duplicando a rodovia e melhorando o acesso dos caminhões até São Sebastião. Segundo Rafart, mesmo que a EcoRodovias não leve a concessão da Tamoios em uma futura licitação, serão mantidos os planos de operar complexos

logísticos na região.
Por: Fernando Teixeira