10 de nov. de 2009

Trabalhandores do Setor de Transportes de Cargas têm que fazer recadastramento

Empresas, cooperativas e trabalhadores autônomos especializados no transporte de cargas têm até 18 de dezembro para fazer o Recadastramento Nacional dos Transportadores Rodoviários de Carga (RNTRC).

A medida é determinada pela Lei 11.442/07, com o objetivo de separar legalmente os profissionais especializados em transporte de cargas (que têm veículos com placa vermelha e identificação nas laterais externas) daqueles que atuam de forma não-profissional (placa cinza e sem identificação obrigatória).

O recadastramento pode ser feito pela internet, em entidades reconhecidas pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT). No Rio de Janeiro, o recadastramento pode ser feito no Sindicato das Empresas do Transporte Rodoviário de Cargas e Logística do Rio de Janeiro (Sindicarga). A taxa é R$ 45,15 para associados do sindicato e R$ 75,15 para os não-associados. O agendamento pode ser feito na internet (www.sindicarga.org.br).

São considerados profissionais as empresas, cooperativas e autônomos que possuem o Registro Nacional de Transporte de Cargas e são remunerados especificamente para esse fim.

São especializadas no transporte de cargas a partir de 500 kg e trabalham com carga de outras empresas. São considerados não-profissionais os veículos das empresas que transportam a própria carga. Estes estão fora do RNTRC.

Quem não efetuar recadastramento até a data estabelecida ficará em situação irregular, passível de multa, segundo as normas estabelecidas pela ANTT.

Fonte:O Globo

Sojicultor argentino invade lavouras brasileiras

As retenções (imposto sobre exportações) e os efeitos negativos do clima estão fazendo com que grandes grupos argentinos intensifiquem um movimento migratório, expandindo sua área de produção no Brasil e no Uruguai. MSU, El Tejar e Los Grobo são exemplos de empresas que estão apostando no cultivo de soja para além da fronteira e, ampliando, em média, 80% da área plantada no Brasil.

O fenômeno se apresenta de forma tão significativa que em alguns casos a Argentina deixou de ser a principal plataforma de plantio.

Oscar Alvarado, presidente da El Tejar, afirmou ao jornal La Nación que a aposta no plantio em países vizinhos tem um claro significado para a companhia. "Incrementamos nossa presença no Brasil e no Uruguai. No Brasil, com um incremento de 80%. No Uruguai, subimos entre 15% e 20%", disse. A empresa luta para manter a produção na Argentina, o que está cada dia mais difícil em razão das altas taxas para exportação cobradas pelo governo e pela estiagem. No final do mês de novembro, a El Tejar irá promover uma reunião junto a outras entidades agrícolas para avaliar as oportunidades na produção e comercialização da soja no país além do curto prazo.

A Los Grobo, segunda maior produtora de soja da Argentina, também divulgou que pretende duplicar a extensão de suas terras em um período de três a quatro anos e o Brasil será o principal foco dessa expansão. Hoje a companhia realiza 50% de sua produção na Argentina, 30% no Uruguai e 20% no Brasil. "O crescimento terá de ser feito principalmente através do Brasil, porque o Brasil é onde há a maior parte do espaço físico disponível para crescer", avaliou Gustavo Grobocopatel, presidente da Los Grobo. "Nossas terras atualmente ocupam 250 mil hectares e acreditamos que a empresa deveria operar o dobro dessa área no prazo de três a quatro anos", destacou o presidente do grupo. A empresa produz 2,5 milhões de toneladas de soja ao ano, e pretende colher pelo menos 4 milhões de toneladas até a safra 2013/2014.

Grobocopatel explica que a produção na Argentina caminha para a estagnação e restam apenas 3 ou 4 milhões de hectares para expandir as lavouras, e essas são áreas, na maioria, de qualidade inferior, enquanto no Brasil há 20 milhões de hectares de áreas de primeira qualidade prontas para serem desenvolvidas. O principal executivo da Los Grobo salienta que o preço da terra é importante, mas o grau de desenvolvimento do setor agrícola no Brasil é um grande atrativo.

A Los Grobo, de controle familiar, já opera no Brasil em parceria com o fundo de investimento Vinci Partners.

Outra empresa familiar, a MSU, também quer continuar mantendo a Argentina como seu principal foco, no entanto, segundo Manuel Santos Uribelarrea, presidente da companhia, a empresa irá crescer 90% no Brasil; 15%, no Uruguai e 31%, no Paraguai. A companhia tem ainda projeção de crescimento para outros países da América do Sul.

Assim como o Brasil, o Uruguai também sofre uma verdadeira invasão argentina. De acordo com levantamento feito pela Federação Rural do Uruguai cerca de 35% do 1 milhão de hectares cultiváveis no país pertencem a produtores argentinos. Os uruguaios até criaram a expressão "sojização" para apontar o fenômeno.

"Nossa produção de soja vem se superando ano a ano e irá atingir um recorde nessa safra. Grande parte disso se deve a entrada de produtores argentinos no Uruguai. É uma presença cada vez mais importante e que acontece de forma crescente", avaliou Diego Risso, secretário-geral da Associação de Sementes das Américas (SAA), órgão uruguaio que controla a comercialização de sementes no país.

Além das altas taxas para exportação cobradas pelo governo argentino, o clima também tem se mostrado um importante complicador. Dez dos 30 milhões de hectares agrícolas da Argentina correm risco de não produzirem nada este ano.

A persistente estiagem que prejudica o país há meses, especialmente na região oeste, começa a colocar em dúvida até mesmo a produção recorde de soja. Na Bolsa de Cereais de Buenos Aires as expectativas são negativas. "Há um estado de alerta pelo clima ruim", disse Ricardo Baccarin, vice-presidente da corretora Panagrícola. Ele comentou que restam cerca de dez dias para semear a soja de primeira (a de maior rendimento) na região central do País.

A região de maior preocupação é a Província de Córdoba, onde a água é escassa até para o consumo da população. Dos 19 milhões de hectares projetados para a plantação de soja na Argentina na safra 2009/2010, segundo a Associação de Produtores de Soja da Argentina, 4 milhões estão em Córdoba.

Por falta de umidade, somente 15% da área foi instalada. "Se dentro dos próximos 15 dias não cair a chuva necessária para os solos, grande parte desses hectares serão plantados com a soja de menor rendimento", alertou Baccarin. As projeções de uma colheita de soja de 52 milhões de toneladas já estão sendo rebaixadas para 50 milhões de toneladas. Se a seca persistir, a revisão para baixo também vai continuar.

As retenções (imposto sobre exportação) e os efeitos negativos do clima na Argentina estão provocando uma invasão no Brasil de grandes grupos do agronegócio daquele país, em uma onda que alcança também o Uruguai e chega ao Paraguai.

MSU, El Tejar e Los Grobo são exemplos de empresas que estão apostando no cultivo de soja para além da fronteira argentina, e ampliando em média 80% da área plantada no Brasil. O crescimento é tão significativo que em alguns casos a Argentina deixou de ser a principal plataforma de plantio desses grupos.

Oscar Alvarado, presidente da El Tejar, afirma que a aposta no plantio em países vizinhos tem crescido aos saltos. "Incrementamos nossa presença no Brasil e no Uruguai. No Brasil, com um aumento de 80%. No Uruguai, subimos entre 15% e 20%", disse. A empresa tenta manter a produção na Argentina, mas reconhece que a tarefa é difícil, em razão das altas taxas de exportação cobradas pelo governo e também devido à estiagem.

A Los Grobo, segunda maior produtora de soja da Argentina, também pretende duplicar a extensão de suas terras em um período de três a quatro anos e o Brasil será o principal foco dessa expansão. Hoje a companhia tem 50% de sua produção na Argentina, 30% no Uruguai e 20% no Brasil. "O crescimento terá de ser feito principalmente através do Brasil, porque no Brasil há mais espaço físico disponível para expansão", avalia Gustavo Grobocopatel, presidente da Los Grobo. "Nossas terras atualmente ocupam 250 mil hectares no Brasil, e acreditamos que a empresa deveria operar o dobro dessa área no prazo de três a quatro anos", destacou Grobocopatel. A empresa produz 2,5 milhões de toneladas de soja ao ano e pretende colher 4 milhões de toneladas até a safra 2013/2014.

Grobocopatel explica que a produção na Argentina caminha para a estagnação e que restam apenas 3 ou 4 milhões de hectares para expandir as lavouras. Além disso, essas áreas, na maioria, são de qualidade inferior, enquanto no Brasil há 20 milhões de hectares de áreas de primeira qualidade prontas para serem desenvolvidas, segundo ele.

A MSU, afirma Manuel Santos Uribelarrea, presidente do grupo, planeja crescer 90% no Brasil, 15% no Uruguai e 31% no Paraguai. A companhia tem ainda projeção de crescimento para outros países da América do Sul.

Fonte:DCI - Comércio, Indústria & Serviços

Embarque de café sobe no ano, mas receita cai

As exportações brasileiras de café verde e solúvel seguem firmes em volume neste ano, mas a receita com os embarques tem deixado a muito desejar, segundo levantamento mensal do Cecafé (Conselho dos Exportadores de Café do Brasil).

No acumulado do ano até outubro, os embarques do grão atingiram 25,152 milhões de sacas de 60 quilos, um aumento de 8% sobre igual período do ano anterior. A receita totalizou US$ 3,482 bilhões no mesmo período, com recuo de 8%.

Em outubro, as exportações ficaram em 2,788 milhões de sacas, um recuo de 9,3%, com receita de US$ 414,9 milhões, baixa de 17,4%. "O dólar em queda e os preços do grão no mercado internacional afetaram a receita", afirmou Guilherme Braga, diretor-executivo do Cecafé.

As vendas externas de café devem alcançar cerca de 30 milhões de sacas neste ano. "A receita deve ficar entre US$ 4,3 bilhões e US$ 4,4 bilhões", afirmou. Segundo Braga, as exportações brasileiras de café têm se consolidado nos últimos anos entre 28 milhões e 30 milhões de sacas.

A expectativa para 2010 é de que os embarques não repitam o mesmo desempenho deste ano, uma vez que a colheita 2009/10 será menor, por conta da bianualidade da safra (produtividade baixa a cada dois anos). A produção está estimada em 39 milhões de sacas, segundo a Conab.

Fonte:Valor Econômico

Embarque de grãos pelo Porto de Paranaguá deve aumentar 30% com melhorias no Canal da Galheta

Operadores portuários não têm dúvida de que o fim das restrições de navegação no Canal da Galheta que dá acesso aos portos paranaenses - trará ganhos em competitividade ao Porto de Paranaguá, principalmente, em relação às operações com granéis sólidos. O volume de embarques de soja, por exemplo, deve crescer cerca de 30% em relação ao total embarcado este ano, quando já houve um aumento de 20%, no acumulado de janeiro a outubro em comparação ao mesmo período de 2008.

A estimativa de crescimento nos embarques de soja é do gerente-geral da Companhia Brasileira de Logística S/A (uma das principais exportadores de grãos por Paranaguá), Washington Viana, e leva mais em consideração a melhoria na parte de navegação do que propriamente a expectativa de aumento de 40% na safra de grãos no próximo ano.

Para Viana, a iniciativa da Capitania dos Portos do Paraná, que liberou a navegação de embarcações de até 12,50 metros de calado, nesta quinta-feira (05), irá repercutir de forma positiva na contratação de navios para o ano que vem. O reflexo imediato dessa medida será a inversão de prêmios em Paranaguá em relação a Santos, apontou.

Os prêmios a que Viana se refere são bonificações nos fretes marítimos estipulados pelos armadores (proprietários dos navios) que, ao dar os descontos, levam em consideração, entre outros fatores, as facilidades que o porto oferece em termos de infraestrutura e logística.

Para o executivo, o Porto de Paranaguá, indiscutivelmente, é mais eficiente e tem uma logística mais estruturada em comparação ao Porto de Santos, inclusive, na parte de recepção de cargas pelos modais rodoviário e ferroviário. A combinação de eficiência e operacionalidade do Porto de Paranaguá se soma à parte estrutural e, agora, também, à parte de navegação, destacou Viana projetando retorno à Paranaguá de cargas desviadas para o Porto de Santos.

O superintendente da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa), Daniel Lúcio Oliveira de Souza, calcula que o aumento em volume nas operações com granéis sólidos de um modo geral (grãos e fertilizantes) seja em torno de 20%. Ele explicou que, com a restrição em 11,30 metros no calado para navegação no Canal da Galheta, os navios graneleiros não podiam entrar ou sair do Porto de Paranaguá carregados em sua capacidade plena. Em média, para cada pé de restrição, deixa-se de carregar 2 mil toneladas, acrescentou. Os navios do tipo Panamax, por exemplo, que têm capacidade superior a 50 mil toneladas, poderão aumentar em 10% o volume de carga embarcada.

Na quinta-feira (05), o capitão dos Portos do Paraná, capitão de mar-e-guerra Marcos Antonio Nóbrega Rios, assinou a Portaria n.º 80, restabelecendo em 12,50 metros o calado dos navios que acessam os portos de Paranaguá e Antonina pelo Canal da Galheta. Ao revogar uma portaria anterior que havia restringido em 11,30 metros o calado para navegação o comandante se antecipou ao parecer do Centro de Hidrografia Marinha (CHM) sobre os resultados da dragagem emergencial que devolveu ao Canal da Galheta os 15 metros de profundidade.

INVESTIMENTOS

A compra de uma draga própria vai permitir que a Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa) faça a manutenção constante dos canais de navegação, evitando, assim, eventuais restrições. O processo de aquisição já está em curso. Duas embarcações que estão em portos chineses foram classificadas na concorrência internacional aberta pela Appa. A expectativa do superintendente Daniel Lúcio Oliveira de Souza é de que até o segundo trimestre de 2010, a draga esteja em operação nos portos paranaenses.

Outros investimentos importantes e que consolidarão Paranaguá como um dos principais portos concentradores de cargas da América do Sul são os de remodelação e ampliação do cais e de aprofundamento dos berços. Essas obras complementarão as ações desenvolvidas pela Appa para melhorar as condições de navegação e de estrutura de atracação, acompanhando a evolução na tecnologia e tamanho dos navios cargueiros. As obras também estão em processo de licitação e devem ser iniciadas ainda este ano.

Fonte:AEN-Agência Estadual de Notícias

Governo de SP assina lei para reduzir emissão de gás carbônico em 20%

O governador de São Paulo, José Serra, sancionou nesta segunda-feira (9) a chamada política estadual de mudanças climáticas. A meta é reduzir até 2020 a emissão de gás carbônico em 20%. O gás é o principal poluente que causa o efeito estufa.

Os maiores culpados pela poluição do ar estão no meio de nós: a queima do combustível de carros, ônibus e caminhões é responsável por 25% das emissões de gases do efeito estufa na Grande São Paulo. É por isso que a nova lei sobre política estadual de mudanças climáticas dá atenção especial ao problema.

A meta de reduzir em 20% as emissões de dióxido de carbono no estado até 2020 vale para toda a cadeia produtiva, incluindo indústria e agricultura, mas sugere medidas práticas apenas para o setor mais poluente, o de transportes.

Entre as propostas estão a ampliação da inspeção veicular, a criação de ciclovias e mais investimentos em transporte público.

O secretário estadual do Meio Ambiente, Xico Graziano, diz que a lei dá um prazo de 1 ano para o estado de São Paulo apresentar uma proposta de transporte sustentável.

“Nós temos que ter um sistema de transporte mais adequado, tem atividades que usam tecnologia de energia não renovável que pode ser substituída por renovável”, diz José Serra.

Os outros aspectos da lei, como a definição de quanto cada setor terá de reduzir em emissões para que a meta seja alcançada, só serão definidos na regulamentação, o que ainda vai levar um ano.

O presidente do Instituto Brasileiro de Proteção Ambiental, Carlos Bocuhy, disse que a lei é um começo, mas corre o risco de ser transformar em uma carta de intenções. Na opinião dele, falta saber quanto as empresas poluem hoje para calcular quanto deverão reduzir.

Fonte:G1

A legislação cambial precisa ser modernizada

Entre as alternativas em estudo no governo para tentar conter a sobrevalorização cambial, uma nova rodada de liberalização dos fluxos do balanço de pagamentos é a proposta que poderá ter impactos mais importantes e duradouros na economia.

Não será, seguramente, capaz de inverter a tendência de apreciação do real. Mas representará um novo passo num longo processo de desmonte dos excessivos controles cambiais vigentes no país.

Até os anos 1980, cidadãos cumpridores da lei e que pagam os seus impostos em dia eram obrigados a obter autorização prévia do Banco Central para comprar dólares para operações corriqueiras, como importar medicamentos. Existiam limites rígidos na aquisição de moeda estrangeira para viagens internacionais. As atividades dos doleiros eram toleradas, e os jornais divulgavam diariamente a cotação do dólar no mercado paralelo.

De lá para cá, boa parte dessas amarras foi desmontada. A unificação dos mercados de câmbio livre e flutuante em 2005, só para citar uma medida de grande alcance, criou um caminho mais transparente para empresas e cidadãos moverem recursos para dentro e para fora do país. Antes, isso era feito por meio das contas CC5. Por essa conta transitavam recursos legais e ilegais. A CC5 foi ganhando má reputação ao longo de inúmeras Comissões Parlamentares de Inquérito (CPIs) destinadas a apurar escândalos financeiros, por seu uso em esquemas de lavagem de dinheiro.

Os avanços dos últimos vinte anos são inquestionáveis, mas ainda há muito o que fazer. Os fundos de pensão, por exemplo, são impedidos de aplicar recursos no exterior, salvo em situações especiais, observando um teto de 10% do seu patrimônio líquido. Essa é uma das regras que merecem ser reexaminadas na atual rodada de liberalização. Também seria adequado abrir o leque de possibilidades para os clientes terem acesso a produtos financeiros no exterior, por meio de bancos locais.

Em tese, a maior liberdade cambial permitiria aos indivíduos e aos fundos de pensão diversificar as suas aplicações, que hoje estão concentradas basicamente no Brasil. O Brasil oferece oportunidades de investimento com alto retorno. Mas os gestores devem se preocupar, também, em mitigar os riscos das suas aplicações por meio da diversificação das suas carteiras, sobretudo porque seus compromissos com os cotistas são de longo prazo.

Há, ainda, regras colocadas por algum burocrata que podem ter se mostrado úteis em determinado momento, mas que se perpetuam sem a menor razão. Exemplo disso é a obrigatoriedade da empresa que emite um ADR (American Depositary Receipts) fechar o contrato de câmbio e trazer os recursos para o país num prazo limite de cinco dias.

Uma maior liberdade para investir no exterior, porém, deve vir acompanhada de regulação mais firme. A atual crise financeira internacional é rica em exemplos de como instituições financeiras se aproveitaram de sua atuação global para fazer a chamada arbitragem regulatória, escondendo as suas operações onde as normas são mais brandas. Boa parte dos veículos de investimentos dos bancos que carregavam ativos imobiliários tóxicos estava localizada em paraísos fiscais.

Um problema que dever ser corrigido, portanto, é a falta de integração e troca de informações entre os órgãos supervisores. Esse é um dos temas em discussão no Forum de Estabilidade Financeira, organismo que toma a frente nas negociações internacionais para fortalecer o sistema financeiro global.

Tradicionalmente, o Brasil tem mantido a prática de, ao mesmo tempo em que libera os fluxos de capitais, exigir controle das atividades de instituições brasileiras no exterior. Os bancos podem manter ativos no exterior, por exemplo, apenas se os fiscais do BC puderem checá-los. No caso dos fundos de pensão, serão fundamentais regras que assegurem controles semelhantes aos órgãos reguladores, além de limites para os riscos assumidos.

Nessa nova rodada de liberalização cambial, também será prudente que o governo mantenha a prerrogativa de, em caso de emergência, voltar a lançar mão de controles cambiais, por meio de decisões do Conselho Monetário Nacional (CMN). Hoje, o ambiente é de excesso de dólares, mas os fluxos de capitais estão sempre sujeitos a paradas súbitas.

Fonte:Valor Econômico

Randon lança um supergraneleiro

A Randon, fabricante de reboques e semirreboques, acaba de lançar o Bitrem Graneleiro, combinação de dois semi-reboques acoplados entre si, que tem como principal novidade a pintura Duratec, que exigiu investimentos de R$ 70 milhões, segundo o diretor comercial da empresa Cesar Pissetti.

"Esse é o produto mais significativo da Randon. Ele é um produto especial que lançamos para comemorar os 60 anos da empresa. Agora, com a nova tecnologia da pintura Duratec, a durabilidade da fixação passará de um para cinco anos no veículo", disse Pissetti, destacando que a empresa alcançou este mês a marca de 280 mil unidades produzidas.

Ainda assim, de acordo com o executivo, a produção da Randon fechará 2009 abaixo de 2007, ficou em 47 mil unidades, incluindo mercado interno e externo. "Infelizmente, 2009 foi bastante afetado em decorrência da crise financeira internacional. Sentimos seus efeitos em nossa produção, que deverá fechar inferior aos números 2008 e 2007", afirmou o diretor comercial.

Pissetti disse que para 2010, a expectativa de crescimento é de 8% a 10% em relação a 2009. "Agora, em função das medidas adotadas pelo governo federal de ampliação de prazos e redução de juro por meio da linha Finame, destinada para financiamento de máquinas e equipamento, regido pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), estamos nos recuperando e esperamos bom crescimento para o próximo ano."

Com sede em Caxias do Sul, Rio Grande do Sul, a Randon S.A fabrica diferentes tipos de equipamentos entre carrocerias, reboques e semirreboques graneleiros, tanques, carga secas, basculantes, silos, frigoríficos, canavieiros, florestais, siders e furgões. A empresa atua também no segmento de silos estacionários e, desde 2004, produz vagões ferroviários de carga dos tipos hopper, gôndola, tanque, carga geral, plataforma, entre outros.

Além da sede em Caxias do Sul, a companhia tem unidades industriais focadas na fabricação de implementos para o transporte de cargas em Guarulhos, grande São Paulo, e na Província de Santa Fé, na Argentina. Atualmente, a Randon exporta para cerca de 70 países.

Fonte:Jornal do Comércio

PE: Via Expressa terá pedágio

Pernambuco terá a primeira estrada com cobrança de pedágio. Chamada pelo governo do Estado de Via Expressa, seu percurso será o primeiro grande trecho do sistema de concessão rodoviária em Pernambuco e terá como principal função acelerar o tráfego de veículos no trecho entre a fábrica da Caninha 51, na BR-101, e as vias que dão acesso ao Complexo Portuário de Suape, na PE-60, seguindo até Nossa Senhora do Ó.

Outro caráter da estrada é o turístico, dando rapidez para quem trafega com destino às praias do Litoral Sul. Os estudos sobre o potencial de fluxo de veículos e dos possíveis valores a serem cobrados aos motoristas pelo acesso ainda estão sendo levantados pela equipe do governo.

A Via Expressa já foi anunciada há muito tempo, mas o governo ainda não tinha declarado oficialmente a cobrança de pedágio. Inicialmente se previa um rota de 16 quilômetros de extensão. Agora, com a intenção de chegar até a entrada de Nossa Senhora do Ó, ela praticamente dobrou de tamanho, chegando quase 30 quilômetros.

O processo de concessão de rodovias já é bem adiantado em outras regiões do País, como no Sudeste, por exemplo, feito principalmente em rodovias federais. As primeiras concessões foram feitas em 1995.

As obras da Via Expressa estão estimadas em R$ 200 milhões e foram inseridas dentro de um volume total de R$ 1,5 bilhão para intervenções, tendo como foco a infraestrutura do entorno do Porto de Suape. “O edital da rodovia deve sair até janeiro. Imaginamos que com mais 90 ou 120 dias as obras sejam iniciadas. Quanto ao valor cobrado pelo pedágio ainda é prematuro dar uma estimativa. Isso está incluído em um estudo”, comenta o secretário de Desenvolvimento Econômico do Estado, Fernando Bezerra Coelho.

Mas mesmo sem saber o valor, o secretário já tem na “ponta da língua” o destino dos recursos. “Serão direcionados para Suape e para a própria estrada”, defende.

Num passado recente, durante a segunda gestão do então governador Jarbas Vasconcelos, entre 2003 e 2006, chegou-se a cogitar a concessão da recém-duplicada,na época, BR-232. Foi feito até um levantamento sobre a tarifa-limite suportada pela população que circula pela BR. O projeto sofreu várias críticas e não andou até hoje.

COMEMORAÇÕES

Ontem, o governador Eduardo Campos passou o dia em Suape, acompanhado do secretário de Desenvolvimento e de vários empresários, em uma sequência eventos, envolvendo a entrega de uma sala vip ao lado do heliponto, entrega da reforma do Prédio de Autoridade Portuária, com uma sala intitulada de Sala do Investidor, visita às obras do píer de petroleiros e anúncio de novos investimentos. “Estamos em uma nova fase. Percebemos como o Estado se posicionou de forma correta diante da crise”, pontuou Eduardo. Ontem, Suape completou 31 anos de existência.

Fonte:Jornal do Commercio