28 de dez. de 2009

Expansão de portos no Rio terá R$ 570 milhões

Fonte:
Valor Online
28/12/2009


Três terminais do porto do Rio - MultiRio e Multicar, ambos do grupo Multiterminais, e o Terminal 1, da Libra, - têm projetos de expansão, com investimentos totais de R$ 570 milhões, para aumentar a capacidade de movimentação de contêineres e automóveis a partir de 2011-2012. As ampliações, que ainda precisam ser aprovadas pela Companhia Docas do Rio de Janeiro (CDRJ) e pela Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), vão permitir aos terminais melhorar a operação e acompanhar o crescimento dos navios.

Os terminais querem estar preparados para receber de forma simultânea mais de um navio de grande porte, acima de 300 metros de comprimento. As expansões se apóiam na lógica de que é preciso adequar os portos ao crescimento das embarcações, uma tendência mundial. Quando os terminais foram privatizados, nos anos 90, os navios porta-contêineres eram bem menores. Essa situação faz com que hoje os navios superem, em alguns casos, o comprimento do berço para atracação.

"Se formos mais rápidos, eficazes e produtivos, podemos aumentar o número de contêineres movimentados por este porto", diz Ricardo Arpen, diretor-geral da Libra no Rio. A Libra prevê investir R$ 270 milhões, entre obras, equipamentos e sistemas, para aumentar a capacidade de movimentação do terminal da empresa no Rio de cerca de 320 mil TEUs por ano (contêiner equivalente a 20 pés) para 700 mil TEUs, expansão de 118%.

A Libra tem hoje 545 metros de cais no porto do Rio, extensão que será acrescida em mais 365 metros em duas etapas. Na primeira, até 2011, a empresa planeja acrescentar 120 metros de cais e ganhar mais 40 mil m2 para estocagem de contêineres. Na segunda etapa, até 2014, a ideia é ter mais 245 metros de cais, totalizando 910 metros. A Libra contratou a empresa Z3M para fazer um estudo que servirá de base para a negociação do projeto de expansão com a Companhia Docas do Rio. "A previsão é que o trabalho fique pronto em janeiro para então iniciar as discussões com Docas", disse Arpen.

Luiz Henrique Carneiro, presidente da MultiRio, disse que as negociações com Docas apontam para uma configuração que permitirá à empresa ter capacidade de movimentar um milhão de TEUs por ano, aumento de 40% em relação aos 720 mil TEUs de capacidade atual. "Significa que estaremos preparados para fazer cinco vezes e meia a mais do que movimentados hoje", diz Carneiro. Em 2009, o MultiRio deve movimentar 180 mil TEUs.

Segundo Carneiro, a Multicar, empresa do grupo que movimenta automóveis, vai construir um edifício-garagem que permitirá liberar área para a MultiRio. Na primeira fase, o edifício terá capacidade para 330 mil veículos e, mais adiante, para 450 mil. Juntas, MultiRio e Multicar devem aumentar sua área de cais de 713 para 1.160 metros. O investimento total previsto é de R$ 300 milhões, entre equipamentos e obras civis, e a previsão é ter o projeto pronto no segundo semestre de 2012. O grupo pede também a renovação do período para exploração do terminal, que vai até 2048. "É uma forma de dar segurança jurídica para permitir a amortização do investimento", disse Carneiro.

Projetos de US$ 12 bi têm barreira logística

Fonte:
Valor Econômico
28/12/2009


Um pacote expressivo de investimentos no país para produção de minério de ferro, que soma quase US$ 12 bilhões, tem pela frente um grande desafio - a barreira logística. Necessitam de ferrovias para transporte do produto e de portos para realizar o embarque. Os investidores são empresas novatas nesse negócio no país e todas não dominam o tripé que é a base de sustentação desse negócio no mundo: mina-ferrovia-porto.

O Valor mapeou sete projetos em andamento em Minas Gerais, Bahia, Piauí e Rio Grande do Norte com previsão para produzir nos próximos cinco anos 147 milhões de toneladas de minério de ferro, a quase totalidade para exportação. Entre as investidoras estão grupos como ArcelorMittal (líder mundial no aço), Ferrous Resources, Bamin, MMX e Usiminas. Há empresas que alegam que seus projetos correm o risco de não sair do papel se não for encontrada uma solução para o transporte e o embarque do minério; outras aguardam que projetos de ferrovias como a Leste-Oeste e a Nova Transnordestina de fato se concretizem para serem a via de escoamento da produção.

Mineradores de Minas, da região de Serra Azul, no quadrilátero ferrífero, apontam que tanto as ferrovias como os terminais portuários nos Estados do Rio e Espírito Santo, que seriam sua porta de saída, praticamente estão sob domínio da Vale e da Cia. Siderúrgica Nacional (CSN).

Mozart Kraemer Litwinsk, presidente da Ferrous Brasil, mineradora criada por fundos estrangeiros de investidores institucionais que desenvolve desde 2007 um projeto de exploração de cinco minas no Estado de Minas Gerais, disse que os acionistas optaram por incluir no plano de negócios a construção de um mineroduto e um porto no sul do Espírito Santo como alternativas para não depender das ferrovias e terminais privados.

Litwinsk, engenheiro de minas com passagem pela diretoria da Vale logo após sua privatização, afirmou que "mineroduto e porto próprio são a melhor saída para as mineradoras que estão se instalando no Brasil, pois o custo de logística hoje, para uma mineradora comum da região de Serra Azul, está acima de US$ 35 a tonelada". "É mais de um terço acima do que se gasta, US$ 22, para extrair e concentrar o

Agência quer criar cartão-frete para alforriar caminhoneiro

Fonte:
Folha de S. Paulo
28/12/2009


A ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres) quer a publicação já em janeiro de medida provisória que cria o cartão-frete no país e muda a relação entre transportadoras e caminhoneiros autônomos. "A medida será a alforria dos autônomos", diz Bernardo Figueiredo, diretor-geral da ANTT.

A criação de um sistema eletrônico para pagamento do frete pode acabar com a chamada carta-frete, instrumento ilegal que aprisiona do ponto de vista econômico a maioria dos caminhoneiros autônomos a regras impostas pelos embarcadores.

Pelo modelo arcaico, os autônomos ficam à mercê de acordos entre transportadoras e postos de serviço, que autorizam os postos a descontar os créditos da carta-frete em gastos com combustível e alimentação ou ainda o recebimento de dinheiro mediante deságios.

A carta-frete geralmente representa custos mais altos para os autônomos. "Com a carta-frete, o óleo do diesel que custa R$ 1,90 por litro passa a R$ 2,20 ou R$ 2,30", diz o autônomo Antônio Vicente de Sousa, 63.

O sistema é ilegal e parte de uma extensa rede de informalidade no transporte de carga, mas é praticado livremente em todo o país. "Já existe lei que torna essa prática irregular, o problema é que não temos mecanismo eficaz para coibir essa prática", diz Figueiredo.

Segundo ele, o cartão-frete será o instrumento pelo qual a ANTT irá monitorar e coibir a prática no país. O mecanismo também pode ajudar a agência a fiscalizar outra prática ilegal: o não pagamento dos pedágios por parte das empresas embarcadoras. Pela lei, os embarcadores são os responsáveis por pagar o custo do frete. Segundo estimativas da ANTT, só 30% dos caminhoneiros do país recebem o vale-pedágio para o custeio dessa despesa. "O que ocorre é que o transportador informa o valor do meu frete, mas inclui ali o valor do pedágio. No fundo, quem está pagando o pedágio é a parte do meu frete", diz Sousa.

Na via Dutra, Sousa diz que recebeu R$ 7.100 pela viagem, o que incluía todos os custos, incluindo pedágios. "O certo seria o transportador me entregar o vale-pedágio separado. Se você reclamar, fica sem carga", diz.

Esse é o maior problema para coibir a prática ilegal. Segundo Norival de Almeida Silva, presidente do Sindicato dos Transportadores Rodoviários Autônomos de Bens do Estado de São Paulo, poucos caminhoneiros denunciam empresas. "Todos temem ficar marcados e sem frete. A situação é cruel, mas é assim que funciona", diz.

Flavio Benatti, presidente da NTC&Logística (associação dos transportadores de carga), reconhece a gravidade da situação. "Lamentavelmente [o uso da carta-frete] ainda ocorre. É algo que precisa acabar no setor, mas infelizmente é algo ainda lento", diz. Segundo ele, parte da solução implicará formalização dos caminhoneiros, o que muitos não desejam. O sistema torna o transporte rodoviário, a principal modalidade para o trânsito de mercadorias do país, um negócio com imenso nível de informalidade.

Segundo a ANTT, o caminhoneiro é o mais atingido. Sem comprovação de renda, que a carta-frete não dá, ele nem sequer pode se habilitar a qualquer linha de financiamento para renovar o caminhão. O que ajuda a explicar por que a idade média da frota autônoma é superior a 20 anos.

Mercado prevê crescimento econômico acima de 5% em 2010

Segundo analistas, produção industrial deve avançar 8% no próximo ano.
Para 2009, porém, mercado segue prevendo contração do PIB.

Os analistas do mercado financeiro elevaram, na última semana, a expectativa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do país de 5% para 5,08%em 2010, informou nesta segunda-feira (28) o Banco Central, por meio do relatório de mercado. O documento é fruto de pesquisa com instituições financeiras.



Já para este ano, a projeção dos economistas do mercado financeiro é de que o PIB tenha uma retração de 0,22%. Na semana retrasada, a estimativa de recuo do PIB de 2009 estava um pouco maior: em 0,23%. A última queda do PIB brasileiro aconteceu em 1992, quando houve uma contração de 0,54%, de acordo com a série histórica do IBGE.



Na semana passada, o BC divulgou a sua estimativa de crescimento da economia para 2010, que é de 5,8%. Segundo o mercado financeiro, o crescimento do próximo ano será puxado pela indústria, uma vez que eles estimam um crescimento de 8% para a produção industrial no ano que vem, na comparação com um recuo de 7,6% neste ano.

Inflação

Para o IPCA de 2009, a previsão dos analistas de mercado recuou de 4,29% para 4,28% na semana passada, informou o BC. Já a estimativa do mercado para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 2010 permaneceu estável em 4,50% na semana passada.

No Brasil, vigora o sistema de metas de inflação, pelo qual o BC calibra a taxa básica de juros para atingir metas pré-determinadas - com base no IPCA. Para 2009, 2010 e 2011, a meta central é de 4,50%, com um intervalo de tolerância de dois pontos percentuais para cima ou para baixo. Assim, o IPCA pode ficar entre 2,50% e 6,50% sem que a meta seja formalmente descumprida.

Juros

A expectativa do mercado financeiro é de que a taxa de juros, que foi mantida estável em 8,75% ao ano em dezembro, suba em 2010, terminando o próximo ano em 10,75% ao ano. Essa é a mesma previsão feita pelo mercado financeiro na semana retrasada.

Taxa de câmbio

Na semana passada, dado que foi informado nesta segunda-feira (28), a projeção do mercado financeiro para a taxa de câmbio no fim de 2009 permaneceu estável em R$ 1,74 por dólar. Para o fim de 2010, a previsão ficou inalterada em R$ 1,75 por dólar.

Balança comercial e investimentos estrangeiros

Já a projeção dos economistas do mercado financeiro para o superávit da balança comercial (exportações menos importações) em 2009 caiu de US$ 25 bilhões para US$ 24,5 bilhões.

Em 2008, a balança comercial teve superávit de US$ 24,7 bilhões, com forte queda de 38,2% frente ao ano de 2007, quando o resultado positivo somou US$ 40 bilhões. Para 2010, a previsão do mercado financeiro para o saldo da balança comercial subiu de US$ 11,3 bilhões para US$ 11,6 bilhões de resultado positivo.

No caso dos investimentos estrangeiros diretos, a expectativa do mercado para o ingresso de 2009 ficou estável em US$ 25 bilhões na última semana. Para 2010, a projeção de entrada de investimentos no Brasil permaneceu em US$ 35 bilhões

Brasil começará 2010 em uma ‘situação confortável’, diz Lula

Presidente disse que economia vai crescer no próximo ano.
Lula classificou o ano de 2009 como ‘mais do que bom’ para o país.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva declarou nesta segunda-feira (28), em seu programa semanal “Café com o presidente”, que o país vai começar 2010 em “situação confortável”. Segundo o presidente, a economia está crescendo e há novos postos de trabalho sendo criados.


“Tem gente que fala que a economia vai crescer 6%, tem gente que vai crescer 5%, tem gente que fala que vai crescer 5,5%, não quero dizer nenhum número. Só quero dizer que a economia brasileira vai crescer o suficiente para que a gente gere os empregos necessário”, disse Lula.


Lula disse que o ano de 2009 foi “mais do que bom” para o Brasil, que superou os percalços da crise financeira com poucos abalos à economia.


“Nós dizíamos que no Brasil essa crise não seria da envergadura que foi no mundo inteiro, porque nós tínhamos um sistema financeiro mais sólido. Não estávamos envolvido na crise imobiliária e portanto a gente tinha clareza que a crise seria menor” afirmou o presidente.

Acidente com 2 ônibus na Penha deixa 18 feridos, dizem bombeiros

Batida foi perto do Viaduto da Penha, no subúrbio do Rio.
Segundo bombeiros, vítimas tiveram ferimentos leves.

Dezoito pessoas ficaram levemente feridas após dois ônibus baterem na manhã desta segunda-feira (28) na Avenida Brasil, próximo ao Viaduto da Penha, no subúrbio do Rio. As informações são dos bombeiros da Penha, que foram chamados para socorrer as vítimas.

De acordo com informações iniciais, não há feridos em estado grave.



Segundo a Guarda Municipal, um ônibus da Viação Pégaso bateu na traseira de um ônibus da Viação Tinguá.

Guardas municipais, policiais militares e técnicos da CET-Rio estão no local. Duas faixas da Avenida Brasil estão interditadas no trecho do acidente.



Os veículos permanecem no local.