7 de abr. de 2010

Municípios do Rio contabilizam prejuízos causados pelas chuvas

Municípios do Rio contabilizam prejuízos causados pelas chuvas

RIO - A Defesa Civil do município de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, registrou desde o final da tarde de ontem até as 14h30 de hoje 39 ocorrências causadas pelo temporal que cai no estado do Rio. O balanço divulgado pelo órgão registra 120 desabrigados pelas chuvas, que foram encaminhados a abrigos nos bairros de Vila Alzira, Saracuruna e Campos Elíseos.

O município foi atingido por dois desabamentos nas localidades de Olavo Bilac e Gramacho e três deslizamentos, além de 34 pontos de alagamentos. Embora a chuva tenha diminuído de intensidade, a Defesa Civil municipal permanece em alerta. O órgão adverte a população que os rios estão em nível de transbordamento e existe risco de enchentes, caso as chuvas continuem.

No centro-sul do Estado, o Departamento de Estradas de Rodagem (DER-RJ) conseguiu, com ajuda de funcionários da prefeitura de Miguel Pereira, restabelecer o acesso àquela cidade, que foi interrompido esta madrugada na Serra da Bandeira, devido ao temporal.

O secretário de Obras de Miguel Pereira, Paulo Izidoro, disse que as chuvas causaram a queda de muitas barreiras, mas por volta das 10h o trânsito já havia voltado ao normal, apesar de vários trechos da estrada permanecerem em meia pista.

Em Itaboraí, região metropolitana do Rio de Janeiro, os estragos provocados pelas chuvas foram sentidos em oito bairros: Manilha, Vale do Sol, Visconde, Engenho Velho, Beira Rio, Itambi, São Joaquim, Joaquim de Oliveira e Ampliação. As autoridades locais contabilizam até agora 469 desabrigados. Não houve, entretanto, registro de mortes.

Segundo informou a assessoria de imprensa da prefeitura de Itaboraí, equipes da Secretaria de Saúde estão distribuindo à população remédios contra doenças provocadas pelas chuvas, como leptospirose, além de folhetos ensinando como agir em caso de enchentes.

As secretarias de Desenvolvimento Social e Educação atuam em conjunto, levando os desabrigados para cinco escolas municipais e fornecendo comida, roupas e água potável. O prefeito Sérgio Soares pediu à distribuidora de energia elétrica Ampla que desligasse a luz no bairro de Manilha, porque o nível da água está muito alto e há risco de choques elétricos para a população.

(Agência Brasil)

Graças ao Rodoanel o tempo gasto na Bandeirantes está até 20,6% menor

Graças ao Rodoanel o tempo gasto na Bandeirantes está até 20,6% menor

A barreira sobre rodas formada por caminhões na pista da direita da Avenida dos Bandeirantes, na zona sul, não existe mais desde que o Trecho Sul do Rodoanel foi aberto ao tráfego na semana passada. O resultado é comemorado pelos motoristas, que conseguem diminuir em até 20,6%, em média, o tempo gasto no trajeto de 7 km entre o acesso da Rodovia dos Imigrantes até a Ponte Ary Torres, na entrada da Marginal do Pinheiros.


Esse porcentual é resultado de medições feitas pela reportagem do Estado, que percorreu a via várias vezes no período de pico da manhã no dia 30 de março, ainda sem o Trecho Sul em operação, e ontem, com o Rodoanel ampliado e sem a influência do retorno do feriado.

O período da manhã - entre 7h30 e 9 horas -, quando a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) registra mais de 5 km de lentidão no sentido Marginal do Pinheiros da Bandeirantes, é um martírio para motoristas que precisam passar pela via que liga a zona sul da capital até a Marginal. A avenida também é usada por caminhões que saem da Baixada Santista e região do ABC com destino ao interior.

"Se eu chegar na Bandeirantes antes das 6h30, consigo andar um pouco. Se atraso 10 minutos, é um problema. Não anda", reclama Raquel Silveira, que mora no Ipiranga, zona sul, e trabalha em Cotia. Diariamente ela percorre a Bandeirantes até a Marginal do Pinheiros para ir ao trabalho.

Pico da manhã. No dia 30 de março, o Estado percorreu duas vezes esse percurso no pico da manhã. Em um deles, levou 48 minutos e, no outro, 44 minutos. Esses 44 minutos para percorrer 7 km equivalem a uma velocidade média de 159 metros por minuto, ou meros 9,54 km/h. Para ter uma ideia do desgaste que é esse trânsito, um gato doméstico consegue percorrer até 800 metros em um minuto.

A inauguração do Trecho Sul do Rodoanel fez esse tempo cair, mesmo quando a comparação é feita entre um dia em condições climáticas normais e outro com chuva forte. Ontem, por exemplo, a cronometragem cravou 38 minutos e 35 minutos nos mesmos 7 km, uma diminuição de 13,6% e 27%, respectivamente.

Muito em decorrência das fortes chuvas, a Avenida dos Bandeirantes não ficou totalmente livre dos congestionamentos, como havia ocorrido na segunda-feira - nessa data, a redução na lentidão chegou a 75%. A CET chegou a registrar 7 km de congestionamentos na pista sentido Marginal, ou seja, toda a via estava travada. No entanto, as paradas foram menos duradouras em relação à terça-feira passada. O trecho entre o Aeroporto de Congonhas e a entrada da Avenida Santo Amaro, por exemplo, tradicional gargalo da via, ontem fluía com menos dificuldade.

Já no sentido contrário, partindo da Ponte Ary Torres até a Imigrantes, o tempo foi infinitamente menor. Nesse período o fluxo de trânsito é muito menor que o da outra pista. No dia 30 de março, o carro da reportagem demorou 10 minutos nas duas vezes.

Ontem, foram 9 minutos, aproveitando uma sequência de semáforos abertos em uma das passagens e oito vezes em outra, resultando em uma diminuição de 10% e 20%, respectivamente.

Exportação. Para Cristiano Cecatto, especialista em logística e gerente executivo da Qualilog Consulting, ainda é muito cedo para tirar alguma conclusão sobre os efeitos do Rodoanel no trânsito de São Paulo. "Era um resultado esperado a diminuição do número de caminhões e a facilidade para outros veículos transitarem na Avenida dos Bandeirantes com a abertura do Trecho Sul", diz. Entretanto, Cecatto destaca a necessidade de se levar em conta os períodos de exportação para conseguir quantificar o número de caminhões que vão circular pelos corredores paulistanos.

"O Brasil não tem exportação contínua e linear todos os meses. No período de safra agrícola, há mais caminhões nas ruas. Quando o mercado de eletrônicos se aquece, há mais caminhões com destino ao Porto de Santos e o trânsito fica mais complicado. Atualmente, a economia está mais em baixa. Assim não conseguimos quantificar essa melhora, apenas medimos tempo de viagem", explica.

O empresário James Akel, que mora na Rua Uapixana, uma travessa da Bandeirantes no bairro de Indianópolis, comemora a diminuição de caminhões transitando pela avenida, mas também prefere esperar mais alguns dias para conferir como o trânsito vai se comportar - e se a melhora será definitiva. "É melhor esperar mais um tempo para ver se essa diminuição se consolida e o trânsito permanece melhor ou se isso é apenas uma situação de momento", considera o empresário.

Fonte:Agência Estado

Em pouco mais de 24 horas, 96 mortes foram registradas no Estado do Rio de Janeiro

(Último Segundo)Em pouco mais de 24 horas, 96 mortes foram registradas no Estado do Rio de Janeiro por conta das chuvas que atingem a região desde a última segunda-feira. A maioria dos óbitos, segundo o Corpo de Bombeiros, foi provocada em razão de deslizamentos de terra ou desabamentos ocorridos em áreas de risco.

O número de incidentes em morros urbanos, segundo a Secretaria Nacional da Defesa Civil, tem aumentado a cada ano de forma “alarmante” devido ao crescimento desordenado das cidades e à consequente ocupação, promovida geralmente pela população mais carente, de novas áreas irregulares.

Nas entrevistas que concedeu nesta terça-feira, em meio às tempestades, o governador do Rio Sergio Cabral (PMDB), por exemplo, disse que a tragédia foi agravada por ocupações irregulares e voltou a defender a construção de muros em torno de comunidades para frear a ocupação irregular do solo.

“No Rio de Janeiro entra ano, sai ano e essa missão da ocupação do solo urbano não é tratada com a devida seriedade. Quando dissemos que construiríamos um muro na Rocinha, íamos garantir a vida das pessoas. Não é possível a construção irregular continuar. Quase todas as pessoas que morreram estavam em áreas de risco”, avaliou.

De acordo com a Defesa Civil Nacional, deslizamentos são provocados pelo escorregamento de materiais sólidos, como rochas, vegetação ou materiais de construção, ao longo de terrenos inclinados – as chamadas encostas.

070410_chuva.jpgA época de ocorrência dos deslizamentos coincide com o período das chuvas, intensas e prolongadas, já que as águas escoadas e infiltradas desestabilizam essas encostas. Como terrenos nos morros são inclinados, a água entra na terra e provoca deslizamento e destruição de casas. O problema, sempre de acordo com a Defesa Civil, é comum em áreas de adensamento populacional de municípios de Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Espírito Santo, Bahia, Sergipe, Alagoas e Pernambuco.

A exemplo do que já havia acontecido em Angra dos Reis, no início do ano, a maior parte das vítimas das chuvas desta vez morava em áreas de risco e encostas. As 35 mortes registradas na capital fluminense aconteceram em comunidades instaladas em locais como os morros dos Prazeres (14 vítimas), dos Macacos (5), do Borel (3), do Turano (5) e na Ladeira dos Guararapes (1), por exemplo.

A chuva que começou no fim da tarde da segunda-feira, dia 5, foi a maior que o Rio já registrou. Em menos de 24 horas, foram 288 milímetros de precipitação. Na chuva histórica que destruiu a cidade em 1966, choveu 245 milímetros em 24 horas. Os cinco pontos com maior volume de chuvas desta vez foram Sumaré (356 milímetros até as 18h), Jardim Botânico (303 milímetros), Rocinha (302 mm), Maciço da Tijuca (280 mm) e Vidigal (265 mm).

A situação na capital fluminense é ainda agravada em razão das águas do mar, que sobem por influência da alta maré e da ressaca, que "seguram" as águas que caem dos morros que contornam o município. O nível da Lagoa Rodrigo de Freitas, por exemplo, que normalmente é de 50 centímetros, chegou a 1,40 metro nesta terça-feira.

Apesar do alto volume de precipitações, os danos poderiam ter sido evitados ou reduzidos com a adoção de ações preventivas nos centros urbanos e nessas encostas, de acordo com o presidente do Clube de Engenharia, Francis Bogossian. Professor de mecânica dos solos da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e da Universidade Veiga de Almeida (UVA), Bogossian defende que os municípios adotem o tratamento preventivo, ou passivo, antes que comecem a ocorrer deslizamentos de terras.

Uma das soluções apontadas por ele é que seja providenciada a drenagem, superficial e profunda, que custa mais barato – cerca de 10% - de uma eventual obra de estabilização de encosta.

Segundo o professor, problemas estruturais causados por construções irregulares em encostas não se resolvem em curto prazo.

Bogossian afirma ser necessária a desobstrução da saída das águas, principalmente nas zonas baixas da cidade. Outro aspecto fundamental, diz, é o da limpeza das ruas e dos morros. O lixo jogado nas ruas vai para os ralos e bueiros, entupindo-os e impedindo a saída da água das chuvas.

Para Bogossian, o forte temporal que atingiu a capital fluminense foi um problema excepcional. “Não é um problema corriqueiro. Esse é um aspecto que não pode ser esquecido para não sair por aí achando culpados”, adverte.

"É claro que ninguém nega que existam deficiências e problemas estruturais, mas não há galeria pluvial limpa que segure este volume de água", afirmou o prefeito do Rio, Eduardo Paes (PMDB), que durante o dia fez um apelo aos moradores de áreas de risco para deixarem os locais.

Cuidados

Para evitar desastres em regiões de morro, a Defesa Civil orienta a população a não aceitar promessas “fáceis e ilusórias” para obter lote em áreas de encostas. Caso as construções sejam instaladas nesses lugares, a orientação é para que não haja desmatamento nem cortes de terreno nas encostas para assentamento de casas. Nessas regiões, a Defesa Civil deve ser acionada para providenciar a instalação de lonas plásticas nas barreiras, que devem ser protegidas com vegetação com raízes compridas, gramas e capins que sustentam mais a terra.

Em caso de vazamento, é necessário providenciar o conserto o mais rápido possível e não deixar a água escorrendo pelo chão. As barreiras em morros devem ser protegidas por drenagem de calhas e canaletas para escoamento da água da chuva. O acúmulo de sujeira e lixo ajuda a entupir a saída de água e aumenta o peso e o perigo de deslizamentos – a ideia é não dificultar o “caminho das águas”.

Outra orientação das autoridades é para que os moradores não plantem bananeiras ou plantas de raízes curtas nesses terrenos. Isso porque as raízes dessas árvores não fixam o solo e aumentam os riscos de deslizamentos. Plantações como mamão, coco, banana e jaca só ajudam a acumular água no solo e podem intensificar quedas de barreiras.

Em caso de risco de deslizamento, é recomendado que os moradores avisem os vizinhos dos riscos e acionem o Corpo de Bombeiros e a Defesa Civil. Durante as chuvas, é necessário deixar as casas – para isso, a recomendação é para que a comunidade elabore previamente um plano de evacuação, com sistema de comunicação como alarmes para orientar os demais moradores para deixarem a área.

Aparecimento de fendas, depressões no terreno, rachaduras nas paredes, inclinação de troncos de árvores, postos e o surgimento de minas d’água são sinais que indicam que poderá acontecer deslizamento na área.

Comércio do RJ estima em R$ 170 milhões prejuízo com chuvas

Comércio do RJ estima em R$ 170 milhões prejuízo com chuvas

A tragédia que abalou o Rio trouxe uma enxurrada de prejuízos e paralisações. O comércio estima em R$ 170 milhões a perda de faturamento devido ao fraco movimento. Cerca de 30 mil moradores da cidade estão sem luz, problema sem previsão de solução por causa do alagamento de galerias subterrâneas e acúmulo de detritos. Alunos de creches e escolas das redes pública e particular terão mais um dia de feriado forçado hoje. A medida afeta 2,1 milhões de estudantes da Região Metropolitana.

As contas que venceram terça-feira vão receber a incidência de juros, mesmo com as dificuldades para chegar a uma agência bancária por causa das enchentes no Rio, segundo nota divulgada pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban). A entidade declarou que os consumidores cariocas têm à disposição os canais de atendimento remoto (telefone e internet) para quitar seus débitos em dia, ainda que os problemas de luz e telefone na cidade tenham atrapalhado. A Prefeitura do Rio informou que o prefeito Eduardo Paes vai publicar decreto para prorrogar em um dia o prazo de pagamento para a terceira cota do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU).

"Somente em caso de decretação de calamidade pública é que os bancos poderão receber contas atrasadas sem cobrar os juros de mora estabelecidos pelas empresas que emitiram os títulos e boletos de cobrança", diz a nota da Febraban.

A entidade citou também os serviços de correspondentes bancários em casas lotéricas, supermercados, papelarias e outros estabelecimentos. Contudo, o comércio terça-feira estava de portas fechadas no Rio. Para o economista Carlos Thadeu de Freitas, da Confederação Nacional do Comércio (CNC), as perdas do varejo devem passar de 20% do faturamento apenas com as chuvas de terça-feira no estado. Já o presidente do Clube dos Diretores Lojistas do Rio (CDL-Rio), Aldo Gonçalves, o estima prejuízo de 90%, o que corresponde a R$ 170 milhões. O presidente da Federação das Indústrias do Estado do Rio (Firjan), Eduardo Eugênio Gouvêa Vieira, explica que só será possível avaliar as perdas na produção após 48 horas sem chuvas.

"O prejuízo pode ser maior se combinado a problemas como falta de luz, que atingiu alguns bairros", ressalta Freitas.

Trabalhando com apenas 60% dos trabalhadores (aqueles que conseguiram chegar ao local de trabalho) a Light registrou falta de luz em 13 bairros do município. Já em Niterói, a Ampla registrou interrupção de energia em sete bairros. A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) declarou não ter recebido reclamações, apesar de vários cabos terem ficado debaixo d'água.

Produtos e equipamentos quebrados podem elevar o prejuízo dos empresários, segundo o economista da CNC. Se a chuva diminuir quarta-feira, até o final de semana será possível avaliar o impacto, diz Freitas.

A Fecomércio-RJ recomendou em nota que empresários abonem a falta de terça-feira de seus funcionários priorizando a segurança, devido ao caos gerado pelas fortes chuva no estado. "Conforme solicitado pelas autoridades municipais e estaduais, a medida recomenda que os comerciários permaneçam em casa evitando deslocamentos e preservando seu bem-estar", diz o comunicado.

As chuvas também causaram atrasos e cancelamentos de vôos nos aeroportos. Segundo a Infraero, dos 1.549 voos programados até as 17 horas, um terço (501 partidas) decolou com atraso. Outros 159 voos tiveram que ser cancelados. Durante todo o dia, a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) pediu que os passageiros só viessem para o Rio se tivessem compromissos inadiáveis. As companhias aéreas remarcaram as passagens sem cobrança de multa e reembolsaram aqueles que preferiram cancelar a viagem.

Estragos e mortes
A chuva que castigou o Rio de Janeiro entre os dias 5 e 6 de abril deixou pelo menos 102 mortos, mais de 100 feridos, alagou ruas, causou deslizamentos e destruição no Estado. O Serviço de Meteorologia do Rio registrou no período o maior índice pluviométrico da cidade desde que começou a medição, há mais de 40 anos: 288 mm.

Com informações do JB Online.

Grajaú-Jacarepaguá fecha por até um mês

Rio - O nó no trânsito que o temporal amarrou vai incomodar a cidade por muito tempo. A Grajaú-Jacarepaguá poderá ficar fechada por até um mês, por conta de queda de barreira. “É o deslizamento mais grave do ponto de vista da circulação da cidade. Nossa perspectiva é que essa situação não se resolva nem em 15, 30 dias”, disse o prefeito Eduardo Paes

Veja as vias que seguem interditadas no Rio

O Rio amanheceu com pelo menos sete vias ainda interditadas em decorrência dos estragos das chuvas. Segundo a prefeitura, 750 agentes de trânsito da CET-Rio e Guarda Municipal estão operando o trânsito na cidade. Doze painéis fixos e oito móveis estão orientando os motoristas sobre as condições das vias.

Veja as vias que seguem interditadas:

* Grota Funda , nos dois sentidos
* Grajaú-Jacarepaguá – nos dois sentidos
* Borges de Medeiros – nos dois sentidos
* Epitácio Pessoa – sentido Rebouças liberada e sentido Ipanema com 2 faixas interditadas, com bolsão na altura do Corte de Cantagalo.
* Niemeyer – nos dois sentidos interditada
* Grota Funda – nos dois sentidos
* Alto da Boa Vista

Segundo a secretaria municipal de transportes, há restrições também para quem precisa passar pelos túneis Rebouças e Acústico. Quem sai do Túnel Rebouças em direção à Gávea deve utilizar o Jardim Botânico e na saída do Túnel Acústico em direção ao Rebouças, deve utilizar a Avenida Epitácio Pessoa.

6 de abr. de 2010

Mercedes-Benz oferece limitador de velocidade para Atego e Axor

Mercedes-Benz oferece limitador de velocidade para Atego e Axor

Os caminhões Mercedes-Benz Atego e Axor poderão ser equipados, a partir de agora, com limitador e/ou alarme de velocidade.

Os recursos são ativados no hardware do sistema de gerenciamento eletrônico do veículo – que já sai de fábrica configurado para receber essas funções - e estão disponíveis tanto para os veículos novos quanto para os que já estão em operação nas frotas de clientes.

A ativação dos recursos é realizada pelo concessionário ou por um posto de serviço autorizado da Mercedes-Benz, mediante solicitação do cliente. O limitador de velocidade pode ser ativado nos caminhões das famílias Atego e Axor com ou sem painel Global Cockpit. Já o alarme de velocidade está disponível somente para modelos com Global Cokpit.

O painel Global Cockpit começou a ser montado em dezembro de 2006 na linha Atego e nos caminhões Axor 1933, 2533, 2826 e 2831. Os demais modelos Axor já eram equipados com esse painel desde seu lançamento. "Com essa novidade, passamos a oferecer aos clientes a possibilidade de controlar a velocidade operacional de acordo com cada aplicação de seus veículos, proporcionando, além de maior segurança, uma otimização do consumo de combustível", afirma Eustaquio Sirolli, gerente de Marketing de Produto - Caminhões da Mercedes-Benz do Brasil.

Fonte:Portal O Carreteiro

Escoamento de carga terá novo trecho até Paranaguá

Escoamento de carga terá novo trecho até Paranaguá
Estima-se que o projeto receberá aproximadamente R$ 4 bilhões

A empresa estatal Estrada de Ferro Paraná Oeste S.A.(Ferroeste) confirmou ter sido contemplada pelo Plano de Aceleração do Crescimento (PAC-2) para a construção da Ferrovia da Integração Oeste, que interligará os Municípios de Dourados (MS) e Panorama (SP), e do Corredor Ferroviário, entre Dourados e Cascavel (PR). Estima-se que o projeto receberá aproximadamente R$ 4 bilhões, valor ainda não confirmado pela empresa. O projeto terá 625 quilômetros e interligará os dois maiores municípios produtores de soja do Estado do Mato Grosso do Sul, Dourados e Maracaju, ao Porto de Paranaguá (PR).

A obra deverá ser executada com a supervisão do Exército. “Precisamos fortalecer as regiões do interior do Brasil que são produtoras de alimentos e que não contam com ferrovias, melhorando a sua infraestrutura logística e sua integração com os demais modais de transporte. A construção dessa malha é fundamental para o desenvolvimento econômico e social do sul brasileiro”, comentou o presidente da empresa, Samuel Gomes, em entrevista exclusiva ao DCI.

Planejamento

Em relação à criação da Ferrovia da Integração do Sul S.A.(Ferrosul), com o propósito de planejar, construir e operar, sob controle público, ferrovias e sistemas logísticos nos quatro estados da região, conforme decisão do Conselho de Desenvolvimento e Integração Sul (Codesul), Gomes disse que já encaminhou à Assembleia Legislativa do Paraná o anteprojeto da constituição da nova empresa. “Estamos aguardando a decisão da Assembleia Legislativa para somente então começarmos a transformação da Ferroeste em Ferrosul.”

A participação de Mato Grosso do Sul, Santa Catarina e Rio Grande do Sul no capital da Ferrosul precisará ser autorizada pelas Assembleias Legislativas e a gestão, a ser compartilhada pelos quatro estados, será assegurada por acordo de acionistas.

Os trechos ferroviários existentes e os direitos de concessão da Ferroeste passarão a ser de propriedade da Ferrosul. Segundo a posição dos governadores e dos presidentes das Assembleias Legislativas dos quatro estados do Codesul, as novas ferrovias de bitola larga que unirão a região às demais regiões do País deverão ser planejadas, construídas e operadas pela Ferrosul.

“Precisamos fortalecer as regiões do interior do Brasil que são produtoras de alimentos e que não contam com ferrovias, melhorando sua infraestrutura logística e sua integração com os demais modais de transporte. É o caso do sudoeste do Mato Grosso do Sul, do noroeste do Paraná, do sudoeste do Paraná, do oeste de Santa Catarina e do noroeste do Rio Grande do Sul”, afirmou Samuel Gomes.

Trechos

O presidente da empresa também comentou que, com a Ferrosul, serão criados aproximadamente 2.600 quilômetros de ferrovia, e para isso ele pretende obter aportes de até R$ 6 bilhões. “Este é um modelo vencedor, não temos de ficar privatizando tudo. Ao invés de o governo federal gastar o dobro com empresas privadas, ele gastará menos da metade com a Ferrosul, que terá a supervisão do Exército”, como frisou Gomes.

Serão construídos os trechos Maracaju-Cascavel, de 500 km; Guarapuava (PR)-Cascavel, de 250 km; Guarapuava-Paranaguá, 365 km; Cascavel-Foz do Iguaçu (PR), de 170 km; Chapecó (SC)- Rio Grande (RS), de 600 km; e, por fim, Dionisio Cerqueira-Itajaí, com 550 km.

Gomes relembrou que a dificuldade de conseguir aportes antes fez com que o Estado do Paraná arcasse com os custos da construção de duas ferrovias. “É impressionante a dificuldade de conseguir investimentos do governo federal. Para empresas privadas a história é diferente.”

Parceria

Em relação à participação do Exército na construção e na supervisão dos novos trechos da Ferroeste/Ferrosul, Gomes ressaltou que confia muito no trabalho do exército e que foram os militares que construíram o trecho de aproximadamente 250 km entre Guarapuava e Cascavel. “Com essa parceria asseguramos que as ferrovias construídas terão a melhor manutenção possível; queremos que o Exército se responsabilize de modo permanente pela conservação dos trechos novos. A participação do Exército na construção e na manutenção das ferrovias brasileiras é garantia de preços justos e de qualidade das obras. Acreditamos no profissionalismo e no patriotismo da engenharia militar brasileira”, comemorou Gomes.

O presidente da empresa esteve no lançamento do Plano Catarina, na última quarta-feira (1º), em Florianópolis (SC). O evento foi criado para posicionar melhor o estado no mercado turístico, e desenvolvido pela Secretaria de Estado de Turismo, Cultura, Esporte e Lazer (SOL) e pela Santa Catarina Turismo (Santur).

O repórter viajou a convite do evento

Novo projeto da estatal Ferroeste terá 625 quilômetros para ligar os dois maiores municípios produtores de soja do Mato Grosso do Sul ao Porto de Paranaguá, com investimento previsto de R$ 4 bilhões.

Fonte:www.transportabrasil.com.br

Brasil se inspira em exemplo espanhol

Brasil se inspira em exemplo espanhol

Há pouco mais de 15 anos, a Espanha dava início ao seu Porto Sem Papel. Com o objetivo de reduzir o tempo gasto no processo logístico, foram reestruturados todos os procedimentos na gestão ao despacho de mercadorias.

Segundo Anderson Francisco de Sousa, diretor de relações internacionais da Portel Servicios Telemáticos, que colaborou com a implantação da medida na logística espanhola, o resultado foi um aumento na eficácia dos serviços com a redução de custos.

“Antes da iniciativa, eram gastos o equivalente a seis euros para a emissão de cada documento. Hoje, para realizar a mesma operação mais pela internet o custo não chega a dez centavos de euros”, garante.

Além disso, Sousa aponta que na época as embarcações ficavam atracadas por até nove dias nos portos espanhóis. Hoje, este tempo não ultrapassa 48 horas. “Atuamos como uma certificadora. Recebemos as informações das agências aduaneiras, validamos e distribuímos para os agentes de mercado”, explica.

O executivo aponta que o ideal, agora, seria criar um sistema que interligasse todos as ferramentas de controle utilizadas em portos europeus para compor uma solução global. Além disso, Sousa acredita que os procedimentos que o Brasil tem adotado estão alinhados a outros sistemas internacionais.

“A Espanha vê a iniciativa de forma muito positiva e acredita que será possível aumentar o comércio entre os dois países. Vemos o Brasil como uma importante porta para os produtos europeus”, destaca.

Entretanto, o executivo ressalta que é preciso sempre o refinamento da ferramenta que deverá ser utilizada nos portos brasileiros. “Esse não é um sistema estático. Deve crescer e acompanhar a evolução de logística mundial”, finaliza.

Fonte:www.webtranspo.com.br

Rodoanel diminuiu em 43% a circulação de caminhões na avenida dos Bandeirantes

Rodoanel diminuiu em 43% a circulação de caminhões na avenida dos Bandeirantes

A abertura do Trecho Sul do Rodoanel diminuiu em 43% a circulação de caminhões na avenida dos Bandeirantes, em São Paulo, entre as 16h e as 17h, horário que a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) considera de pico. Nessa segunda-feira, foram 816 caminhões nos dois sentidos (Imigrantes e Marginal Pinheiros). Duas semanas atrás, no dia 22 de março - também uma segunda-feira - foram 1.427. A medição foi feita por um contador do Datafolha. As informações são do jornal Folha de S.Paulo.

Segundo a reportagem, a diferença causada pela abertura da via foi visível: fez com que desaparecessem os comboios de caminhões e a Bandeirantes foi tomada por carros. O presidente do Sindicato das Empresas de Transportes de Carga de São Paulo e Região (Setcesp), Francisco Pelucio, disse ao jornal que é clara a vantagem de fazer o caminho pelo Rodoanel, mas que mais caminhões vão desviar para a via quando estiver melhor sinalizada: "quem vem de mais longe às vezes nem sabe que o Trecho Sul foi aberto".

Fonte:Redação Terra

Exportação de fruta esbarra na logística

Exportação de fruta esbarra na logística

Ferrovia e cabotagem seriam solução para a questão, logística eficaz deve ser iniciada no momento da colheita.

Com transporte predominantemente rodoviário até os portos do País, o mercado de frutas busca solucionar questões que oneram a produção brasileira – a terceira maior do mundo, com aproximadamente 43 milhões de toneladas por ano – e afastam os consumidores de outras nações dos produtos produzidos no País.

Neste sentido, Maurício Ferraz, gerente da Central de Serviços do Ibraf (Instituto Brasileiro de Frutas), explica que a primeira medida a ser tomada é cuidar do processo de colheita, armazenamento e transporte.

“O melhor dia da fruta é o da colheita - principalmente quando se fala de produtos tropicais, que são muito sensíveis. O agricultor colhe no melhor estágio, daqui para frente, é preciso fazer todo o possível para preservá-los. É necessário tirar da propriedade e levar à mesa do consumidor com as melhores características possíveis”, pontua.

E prossegue: “para isso, temos que trabalhar com boas práticas agrícolas e depois tentar atuar de melhor forma possível com a cadeia de frio: colocar a fruta em refrigeração, na propriedade e fazer com que esse produto continue refrigerado até a casa do consumidor. Essa quebra de frio no meio do caminho - seja por transporte inadequado, porque o produtor não possui as condições apropriadas ou quando chega no supermercado sai da câmera fria e vao para as gôndolas - faz com que essa fruta se deprecie”.

Com isso, Ferraz aponta qual é o papel da cadeia logística neste ciclo. “É função do operador buscar as melhores tecnologias, pensar sempre em embalagens apropriadas e no manuseio mínimo. Este último quesito é primordial; pois quanto menos gente colocar a mão na fruta, melhor”.

Para elucidar a importância desta questão, o executivo destaca que, do processo de colheita à mesa do consumidor, aproximadamente 40% da produção é perdida. Isso gera um ônus a quem consome, pois o que sobra precisa dar retorno econômico ao produtor.

Exportação

Na outra ponta da cadeia, está a questão do envio aos mercados internacionais. Segundo o diretor do Ibraf, se levarmos em conta as frutas frescas e processadas, como a polpa e o suco – área em Muitas vezes, frutas são transportadas sem refrigeraçãoque o País se especializou – o Brasil exporta 30% de tudo o que produz. “Este volume indicou negócios da ordem de US$ 3 milhões com a comercialização de produtos nacionais no ano passado”, reforça.

Entretanto, com volume inexpressivo – apenas 2% de todo o volume produzido, aproximadamente 780 mil toneladas -, mas com potencial de crescimento, as frutas frescas sofrem mais para ganhar espaço.

Movimentados principalmente por caminhões, os produtos – muitas vezes colhidos antes da hora para aguentar os impactos ocasionados pelo transporte – chegam aos países compradores com avarias que afugentam os consumidores.

“Quando um cliente chega ao supermercado, ele busca – primordialmente - frutas tradicionais, como peras e uvas. Sendo assim, um mamão papaia, por exemplo, que muitas vezes sai do País ainda verde, não atrai a atenção destas pessoas por não estar pronto para o consumo”, exemplifica Ferraz.

O executivo explica também que a adoção do modal marítimo para o envio das frutas, ao invés de aviões, para realizar este transporte precisa ser reavaliado – hoje 82% de tudo o que o Brasil exporta é por portos. “A movimentação das mercadorias pelo transporte aéreo é muito mais ágil, o que possibilita colher o produto no momento pronto”, explica.

Problemas no transporte afugentam consumidoresFerraz também descreve que outras duas soluções poderiam ser utilizadas para agilizar o processo de exportação das frutas brasileiras. A primeira, o uso de ferrovias para chegar até os complexos portuários; a segunda, o uso de cabotagem para agilizar a movimentação na costa brasileira.

“Se houvesse um outro modal, como a ferrovia, o custo no transporte seria mais baixo. Além disso, as frutas ficariam menos tempo em movimentação, teríamos menos caminhões congestionando as entradas de acesso aos portos, com um volume muito maior de carga transportada. O mundo todo está migrando para o modal ferroviário e o Brasil continua trabalhando com o modal rodoviário”, argumenta.

Em contrapartida, o executivo destaca que “a grande vantagem da movimentação por rodovia é o conhecimento e a facilidade de utilizar este modal. O Brasil se especializou em trabalhar com este modo de transporte”.

Quanto à cabotagem, Ferraz afirma que concentrar o envio deste tipo de mercadoria em um único porto poderia beneficiar toda a cadeia. “Hoje, os centros de produção carregam os caminhões que seguem para os principais portos. Lá, estes veículos enfrentam filas enormes até embarcar o produto; em seguida, estes navios cruzam toda a costa para seguir para seu destino. A ideia seria colocar um porto como principal escoador de frutas. Assim, produtores próximos a ele podem enviar a carga diretamente; as outras regiões, encaminham seus produtos por cabotagem”, detalha.

Fonte:www.webtranspo.com.br

Brasil dependerá ainda mais das commodities, dizem especialistas

Brasil dependerá ainda mais das commodities, dizem especialistas

A importância das commodities para a economia brasileira deverá crescer nos próximos anos. A expansão do mercado interno e, sobretudo, o apetite dos países emergentes por matérias-primas que sustentem seu desenvolvimento devem impulsionar o setor de produtos primários do Brasil. A conclusão é de um seminário realizado em São Paulo, na segunda-feira (29/3), pelo Instituto de Economia da Universidade de Campinas (Unicamp). O evento reuniu especialistas renomados que se dividiram em diversos temas - de agronegócios à mineração, óleo e gás. A expectativa de um dos palestrantes, o economista José Roberto Mendonça de Barros, da consultoria MB Associados, é de que, até 2019, as commodities correspondam a 8% do Produto Interno Bruto (PIB) do país. No ano passado, esse percentual foi de 5,2%.

O diretor de planejamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), João Carlos Ferraz, enfatizou que as empresas brasileiras estão liderando o movimento de alta das commodities. Grande parte desse crescimento, lembra ele, foi financiado pela instituição pública, que destinou 48 bilhões de reais no ano passado para a produção brasileira de matérias-primas. "Ultimamente, o termo ’internacionalização’ ganhou mais frequência na mídia", afirma Ferraz, referindo-se à expansão de companhias petroquímicas e mineradoras no cenário global.

Para o presidente da Vale, Roger Agnelli, tanto a balança comercial superavitária como a reserva cambial do Banco Central, que paga as dívidas do país, são resultados das exportações de commodities. Dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic) revelam que a participação dos produtos primários nas vendas externas do Brasil saltou de 37,5%, em 2005, para 50.2%, em 2009. "O que gera o caixa para o Brasil, quer nos momentos bons, quer nos momentos ruins, é a commodity", diz Agnelli.

O executivo à frente da maior empresa privada do país completa o seu discurso dizendo que a exploração de minérios colabora com o desenvolvimento dos seguintes setores: infraestrutura ("Colaboramos com o renascimento da operação ferroviária no país"); logística ("Estamos fazendo o maior investimento em portos"); educação ("Temos parcerias com universidades em todo o mundo para elaborar pesquisas").

Fonte:Portal Exame

'Não saiam de casa', recomenda o prefeito do Rio em Estado de alerta máximo

Eduardo Paes pede que população evite deslocamentos na cidade.
A cidade está em estado de alerta máximo.

O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, disse na manhã desta terça-feira (6), durante o programa Bom Dia Rio, da TV Globo, que as pessoas devem ficar em casa até a situação de caos provocada pelas fortes chuvas se normalizem. A cidade está em estado de alerta máximo.

"Nosso apelo é para que as pessoas permaneçam em casa, não saiam de casa, não levem seus filhos ao colégio”, disse Eduardo Paes. A prefeitura determinou a suspensão das aulas.

"Todas as vias importantes da cidade estão interrompidas por alagamentos. É um risco enorme para qualquer pessoa tentar atravessar esses alagamentos", disse o prefeito.

“Nesse primeiro momento, o que estamos pedindo é que as pessoas não se desloquem para que os órgãos píblicos possam se deslocar e cumprir com sua função. Enquanto a chuva não baixar, é fundamental que as pessoas não congestionem as ruas da cidade. Não adianta insistir, não vai ser bem sucedido."

Ainda segundo Paes, o conjunto de áreas críticas se ampliou bastante nesta madrugada. "Até as 2h30 eu estava no centro de operações da CER-Rio. Tem deslizamento na Av. Niemeyer, na Grota Funda, os grandes corredores de fluxo foram interrompidos. A prefeitura está na rua agindo, mas é uma situação muito difícil."

“A Defesa Civil agora tem de dar prioridade a áreas onde há risco de vida. Não adianta ligar para dizer que tem uma via alagada. Isso, infelizmente, está se repetindo por toda a cidade, em lugares que sempre enchem e lugares que nunca encheram.”

Estado de alerta máximo

O secretário municipal de Conservação e Serviços Públicos, Carlos Roberto Osório, disse, em entrevista ao “Bom Dia Brasil”, que o Rio de Janeiro está em alerta máximo para deslizamento

Chuva não para e Rio amanhece com alagamentos e trânsito caótico


Prefeitura recomenda que população evite grandes deslocamentos.
Três pessoas morreram em deslizamento no Morro do Borel.


Depois de 12 horas de chuva, o carioca encontra problemas no trânsito em vários pontos da cidade do Rio de Janeiro na manhã desta terça-feira (6). Entre os trechos mais afetados estão a Zona Norte, na região da Grande Tijuca, e a Zona Sul. Há carros abandonados em vários pontos da cidade. Em nota, o prefeito Eduardo Paes recomenda e solicita que a população evite os grandes deslocamentos de pela cidade, principalmente em direção ao Centro.

A Praça da Bandeira continua alagada, e ruas como a Barão de Itapagipe e a Paulo de Frontin, estão com o tráfego parado. Há bolsões de água ainda no Aterro do Flamengo, no Jardim Botânico, em Botafogo e em Copacabana.



Na região metropolitana, a prefeitura de Niterói interditou a Avenida do Contorno devido ao grande alagamento no local. Por conta disso, o engarrafamento na Ponte Rio-Niterói, sentido Niterói, já chega ao vão central. A Polícia Rodoviária Federal pede aos motoristas que evitem a ponte wenquanto a chuva forte continuar. No sentido Rio, o tráfego na ponte flui normalmente.




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Trânsito caótico pela manhã (Foto: Fernando de Macedo Marques Filho/VC no G1)

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Parte de uma encosta desabou e interditou a Avenida Niemeyer, em São Conrado, na Zona Sul do Rio, na madrugada desta terça-feira (6). Segundo o Corpo de Bombeiros, nenhum carro foi atingido pelo deslizamento. O tráfego foi interrompido nos dois sentidos.



A forte chuva levou a CET-Rio a cancelar a interdição no Túnel Zuzu Angel, que seria feita, a partir de meia-noite, para obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). A Autoestrada Lagoa-Barra apresenta lentidão na pista sentido Zona Oeste. O trânsito também parou na Lagoa Rodrigo de Freitas e no Jardim Botânico.


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Ônibus atravessa alagamento na região do Maracanã (Foto: Diego Batista da Cruz/VC no G1)

De acordo com a CET-Rio, as ruas das Laranjeiras, Soares Cabral, Farani e Voluntários da Pátria, em Botafogo, Pacheco Leão, no Jardim Botânico, Mário Ribeiro, Raul Machado, Epitácio Pessoa, na Lagoa, Nossa Senhora de Copacabana, Santa Clara, Barata Ribeiro e Siqueira Campos, em Copacabana, também ficaram alagadas.

O mesmo aconteceu em alguns pontos dos bairros de Ramos, Penha, Manguinhos, Bonsucesso e Parada de Lucas, no subúrbio, e no Caju, na Zona Portuária. Na Zona Norte, o trânsito começou a fluir na Avenida Maracanã, onde o rio que atravessa a via transbordou durante a tempestade.



Alagamento na Supervia

Os alagamentos atingiram também trechos da via férrea da SuperVia. Com isso, por medida de segurança, os trens do ramal Saracuruna não estão circulando e os trens paradores das linhas Campo Grande, Bangu e Deodoro não fazem paradas nas estações Praça da Bandeira, Maracanã e Mangueira. Nos demais ramais a circulação registra atrasos médios de 10 minutos.


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Motoristas ficaram presos no Túnel Rebouças (Foto: Mayer Goldenberg Sereno/VC no G1)

A chuva intensa levou a prefeitura a divulgar uma nota em que alerta para a possibilidade de deslizamentos em encostas na região da Bacia de Jacarepaguá e da bacia da Baía de Guanabara. A prefeitura orienta os habitantes de áreas de risco em encostas a se deslocar para locais seguros. As vias urbanas que atravessam as montanhas da cidade também devem ser evitadas.



Árvore cai no Alto da Boa Vista
O tráfego de veículos também ficou complicado na Avenida Brasil, onde houve vários pontos de alagamento. Um acidente envolvendo um caminhão e um veículo de passeio, às 22h25, no acesso à Linha Amarela, no sentido Zona Oeste, também complicou o trânsito no local.


A forte chuva causou ainda a queda de uma árvore no acesso ao Alto da Boa Vista, na Zona Norte do Rio. O acidente complicou a vida dos motoristas que seguiam para a Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio. Segundo a CET-Rio, a via foi liberada por volta das 22h20 desta segunda. O tráfego de veículos, no entanto, ainda é lento no local.


Foto: Adriana Reis Miller/VC no G1
Radial Oeste, próximo à Praça da Bandeira. (Foto: Adriana Reis Miller/VC no G1)

Três mortes em deslizamentos

Três pessoas morreram na noite desta segunda-feira após deslizamento de terra no Morro do Borel, na Tijuca, Zona Norte. O incidente aconteceu por causa do temporal. Segundo a Defesa Civil, uma pessoa ainda está desaparecida. Outras oito também ficaram feridas no incidente.

Bombeiros do quartel da Tijuca e de Vila Isabel foram acionados para o local. De acordo com a corporação, duas casas foram atingidas pelo deslizamento por volta das 20h. Todas as vítimas seriam moradoras da comunidade. Policiais militares e equipes da Defesa Civil permaneceram na região.

As vítimas foram levadas para o Hospital Geral do Andaraí, administrado pelo governo federal. De acordo com o Ministério da Saúde, um bebê, identificado como Ana Marcele Barbosa, de 5 meses, e uma adolescente de 16 anos morreram no local. Uma idosa, identificada como Francisca Bezerra de Souza, chegou a ser levada para o hospital, mas não resistiu. As outras vítimas sofreram fraturas e escoriações.


No Andaraí, um menino de 9 anos ficou ferido no desabamento de uma casa durante a tempestade desta noite, na Rua Leopoldo. A criança também foi socorrida no Hospital do Andaraí. Bombeiros dos quartéis de Vila Isabel e do Grajaú realizaram as buscas.


De acordo com a Defesa Civil, haveria ainda uma outra vítima debaixo dos escombros. As buscas foram prejudicadas pelo risco de novos desabamentos. Por questão de segurança, as equipes de resgate isolaram a área e interditaram parcialmente o trânsito. Além do Corpo de Bombeiros, agentes da Defesa Civil também estão no local.

Outros três deslizamentos também foram registrados na noite desta segunda-feira no Rio. Em Lins de Vasconcelos, uma casa foi atingida pela lama na comunidade Boca do Mato. Bombeiros do quartel do Méier realizam buscas no local. Um outro imóvel também desabou na Rua Barão de Petrópolis, em Santa Tereza, no Centro. Ainda não há informações de vítimas.

Em São Gonçalo, na Região Metropolitana, uma pessoa ficou ferida num deslizamento de terra que atingiu uma casa na Travessa Lucas, no bairro da Covanca. A vítima foi socorrida pelo Corpo de Bombeiros e levada para um hospital da região. Ainda não há informações sobre o seu estado de saúde.

Falta de luz
A Light informou, por volta das 22h40, que o fornecimento de energia foi restabelecido nos bairros de São Conrado, na Zona Sul, na Barra, na Zona Oeste, e no Alto da Boa Vista, na Zona Norte.



Outros bairros estavam apenas com alguns trechos normalizados. É o caso de Jacarepaguá e Taquara, na Zona Oeste, da Tijuca e do Grajaú, na Zona Norte, da Ilha do Governador, e de Botafogo, na Zona Sul. Campinho, no subúrbio, no entanto, continua sem luz.



Aeroportos

Após ficar fechado por quase duas horas, o Aeroporto Santos Dumont, no Centro do Rio de Janeiro, reabriu na noite desta segunda-feira (5). O aeroporto fechou no por volta das 18h30 por causa da forte chuva. Segundo a Infraero, dos 145 voos previstos até às 20h desta segunda-feira, 86 atrasaram e 28 foram cancelados.


Já o aeroporto Internacional Tom Jobim, na Ilha do Governador, opera apenas por instrumentos. Ainda segundo o site da Infraero, dos 115 voos previstos até às 20h desta segunda, 76 atrasaram e nenhum foi cancelado. A situação também é normal no saguão do aeroporto, sem registro de filas.


Durante a manhã desta segunda, os voos que seguiam em direção ao aeroporto de Congonhas, na Zona Sul de São Paulo, não puderam decolar do Santos Dumont, causando confusão no terminal. De acordo com a Infraero, o aeroporto de São Paulo ficou fechado devido às más condições meteorológicas na capital paulista.


Temperatura deve cair
Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), a temperatura máxima desta segunda foi de 29,5ºC, registrada em Realengo, na Zona Oeste do Rio. Já a mínima foi de 21,1ºC, no Alto da Boa Vista, na Zona Norte.

A previsão para esta terça (6) no Rio e na Região Metropolitana é de tempo nublado, com pancadas de chuva isoladas. A temperatura entrará em declínio, entre 22ºC e 25ºC.