8 de mar. de 2010

Grupo que controla várias rodovias aguarda BNDES liberar R$ 3,1 bi

Fonte:
Estradas
8/3/2010

A subsidiária brasileira da gigante espanhola OHL espera que até a metade do segundo trimestre deste ano o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) conclua sua análise sobre o financiamento de longo prazo de R$ 3,1 bilhões. A expectativa do diretor Financeiro e de Relações com Investidores da concessionária de rodovias, Francisco Leonardo da Costa, é que os contratos sejam assinados até junho.
O empréstimo tem 12 anos de prazo e visa financiar obras nas rodovias federais administradas pela empresa O dinheiro será liberado na medida em que as obras forem executadas e os investimentos comprovados ao banco de fomento. Por ora, a OHL tem contratado com o BNDES um empréstimo-ponte de R$ 1 bilhão, que foi estruturado em junho de 2009 para as concessionárias federais da companhia até que seja assinado o financiamento de longo praz

Professor critica constantes interdições de rodovias por conta da chuva

Professor critica constantes interdições de rodovias por conta da chuva

Fonte:
Agência Estado
8/3/2010


A interdição de grandes rodovias, como a Régis Bittencurt e a Fernão Dias, devido à chuva não pode ser encarada como um fato corriqueiro, na avaliação do professor de Infraestrutura de Transportes da Universidade de São Paulo (USP) José Leomar Fernandes. “Não podemos aceitar uma estrada ficar interrompida com essa frequência”, ressaltou.
Segundo o professor, as fortes chuvas que atingiram o país nos últimos meses não deveriam ser suficientes para causar tantos transtornos nas estradas. Para ele, existem problemas estruturais na elaboração dos projetos de engenharia. “Ou é erro do calculista ou erro de método”, afirma Fernandes. Ou seja, ou o engenheiro responsável pelo projeto calculou mal para fazer o projeto da rodovia ou os métodos ensinados nas universidades brasileiras apresentam falhas. “A gente não faz uma estrada para ficar interrompida seis meses”, destacou.

A Rodovia Fernão Dias que liga São Paulo a Belo Horizonte foi fechada há uma semana no trecho em direção a capital mineira após um deslizamento de terra afetar a estrutura de um viaduto. A empresa concessionária da via estima que o reparo deverá durar de dois a seis meses. As rodovias Régis Bittencurt e Dutra, que ligam a capital paulista a Curitiba e ao Rio de Janeiro, respectivamente, também tiveram trechos interditados pelas chuvas e possuem desvios em seus trajetos.

Falhas na manutenção também podem colaborar para os danos nas rodovias, segundo Fernandes. “O trabalho preventivo precisa ser mais enfatizado”, alerta.

Mas as causas desses problemas só podem ser identificadas com investigações específicas e com pesquisa para analisar os métodos adotados na construção e conservação das estradas. Porém, há alguns entraves. Segundo ele, no campo da investigação científica, algumas vezes, os órgãos responsáveis pelo financiamento não se interessam em financiar estudos de “coisas práticas”. Por outro lado, as instituições de ensino e os pesquisadores não dão tanta importância a esses assuntos. E, por último, há ainda os casos em que os responsáveis pela manutenção das estradas não aproveitam os estudos.