11 de set. de 2009

Petrobrás anuncia centro para pesquisa do pré-sal

A Petrobras informou que foi assinado ontem um contrato entre a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e a empresa multinacional Schlumberger para a construção de um centro de pesquisa internacional para tecnologias do pré-sal. O contrato é resultado de um acordo de cooperação tecnológica entre a Petrobras e a universidade, assinado em fevereiro deste ano, e o centro será construído no Parque Tecnológico da UFRJ, em uma área de 8 mil metros quadrados na Ilha do Fundão, zona norte do Rio.

A Schlumberger é uma multinacional fornecedora de serviços para clientes na área de petróleo e gás mundial. A estatal informou, em seu comunicado, que o acordo de cooperação tecnológica assinado pela Petrobras e a UFRJ prevê a realização de quatro projetos de pesquisa nas áreas de tecnologias eletromagnéticas para melhorias na caracterização de reservatórios profundos; tecnologias de análises de dados sísmicos; melhoria da caracterização de reservatórios; tecnologias de ressonância magnética nuclear, destinadas à caracterização de reservatórios complexos; entre outras atividades. Outros seis projetos nos parâmetros do acordo ainda estão sendo negociados. Ainda de acordo com a estatal, o acordo tem duração de três anos, podendo ser renovado por igual período. A Petrobras prevê investir cerca de US$ 10 milhões nos projetos.

A empresa observou, em seu informe, que a criação do centro faz parte da estratégia da Petrobras de estímulo à formação de um parque tecnológico de ponta em território nacional. Essa estratégia, de acordo com a empresa, abrange o desenvolvimento de três fatores: incremento da infraestrutura experimental da própria Petrobras; investimentos em universidades e institutos de pesquisa brasileiros para a construção de novos laboratórios de padrão internacional de excelência; e atração de fornecedores estratégicos da Petrobras em atividades voltadas para o desenvolvimento de tecnologia.
Fone: Agência Estado

Bovespa segue exterior e abre em alta

A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) abriu o pregão de hoje em alta, embalada por uma série de dados sobre a economia chinesa e pelo sinal positivo visto nas bolsas internacionais. A notícia de que o Brasil saiu da recessão técnica, ao crescer 1,9% no segundo trimestre deste ano, também atrai os investidores para as ações brasileiras. O contrapeso para a Bovespa, porém, vem das commodities, que oscilam entre altas e baixas. Além disso, analistas lembram que os níveis elevados dos mercados acionários abrem espaço para uma realização de lucros. Ontem, a Bolsa brasileira subiu pelo quinto pregão seguido e fechou no nível dos 58 mil pontos pela primeira vez este ano. Às 10h07, o índice Bovespa (Ibovespa) subia 0,47%, aos 58.812 pontos.

A bateria de dados econômicos favoráveis de hoje começou na China. O gigante asiático surpreendeu ao divulgar números melhores que o esperado pelos analistas, o que provocou uma alta de mais de 2% na Bolsa de Xangai. Em agosto, a produção industrial chinesa avançou 12,3%, na comparação anual, e as vendas no varejo dispararam 15,4%, enquanto a deflação perdeu força e o CPI caiu 1,2%.

No Brasil, a economia também deu sinais de reação, mostrando que os países emergentes vêm conseguindo sair da crise mais rápido que os desenvolvidos. O Produto Interno Bruto (PIB) do País cresceu 1,9% no segundo trimestre deste ano, ante o trimestre imediatamente anterior, mas cedeu 1,2% na comparação com igual período de 2008.

Entre os números sobre a economia, destaque para o melhor desempenho do setor industrial, cujo PIB cresceu 2,1% no segundo trimestre ante o primeiro, e para o consumo das famílias, que também subiu 2,1%, na mesma base de comparação. Com isso, setores de varejo e construção civil devem reagir em alta à retomada de crescimento do País.

O consumo também chama atenção nos Estados Unidos. Hoje, os investidores estarão atentos à divulgação do dado preliminar do sentimento do consumidor, da Universidade de Michigan, referente ao mês de setembro. No mês passado, o dado preliminar caiu abaixo das expectativas dos analistas e influenciou negativamente as bolsas. Ainda na agenda norte-americana, saiu hoje o dado referente ao preço das importações, que subiu 2% em agosto, ante previsão de 1,2%. Às 11 horas, saem os estoques e as vendas no atacado de julho. A expectativa é de recuo de 1% nos estoques.

Argentina não deve eliminar barreiras do comércio com Brasil - 11/09/2009
O governo da Argentina não pretende atender aos apelos do Brasil de eliminar as barreiras contra o comércio bilateral que estão sendo impostas desde outubro do ano passado, segundo fonte do Ministério da Produção.

Durante a reunião da Comissão de Monitoramento do Comércio Bilateral, que está sendo realizada nesta quinta-feira, 10, em Buenos Aires, o subsecretário de Política e Gestão Comercial do Ministério de Produção, Eduardo Bianchi, defendeu a manutenção das medidas de "preservação da indústria nacional e dos empregos no país".

A equipe de negociadores brasileiros, liderada pelo secretário executivo do Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MIDC), Ivan Ramalho, argumenta que as barreiras favorecem a entrada dos produtos chineses e prejudicam os brasileiros. Mas a equipe de Bianchi, sob o comando da ministra Débora Giorgi, afirma o contrário. O argumento argentino é de que, nos primeiros oito meses de 2009, a aprovação das licenças não automáticas de importação por parte da Argentina "tem permitido que os produtos de origem brasileira preservem e, inclusive, aumentem sua participação no mercado argentino".

Segundo a fonte, "as licenças não automáticas atingem somente 6% das exportações brasileiras". Mas o governo brasileiro afirma que 14% da pauta exportadora para a Argentina foi afetada pelas medidas protecionistas do vizinho. A fonte argentina informou que, em relação aos produtos brasileiros sob regime das licenças não automáticas, o Brasil ganhou mercado mais que a China. "Em móveis de madeira, por exemplo, a China só exportou para a Argentina 25 mil unidades em julho, enquanto o Brasil nos vendeu 173 mil móveis", exemplificou a fonte.

No setor de calçados, também em julho, o Ministério de Produção liberou a importação de 1,1 milhão de pares brasileiros, enquanto aprovou 426 mil licenças de importação para os calçados de origem chinesa.

A fonte ressaltou que nestes dois casos houve um acordo entre os setores privados de ambos os países para "a autolimitação" das exportações brasileiras. "Nosso país está cumprindo com o compromisso de autorizar as licenças não automáticas de todos os setores que fecharam um acordo sobre os volumes a serem exportados", destacou.

Nas várias reuniões que estão sendo realizadas hoje, se encontram representantes dos setores de pneus, bicicletas, brinquedos, têxteis e laticínios. Bianchi e Ramalho devem conceder entrevista coletiva à imprensa no final do dia, segundo a assessoria de imprensa da Embaixada do Brasil.
Fonte:Agência Estado

IBGE: indústria e consumo crescem no 2º trimestre

A indústria cresceu 2,1% no segundo trimestre em comparação com o primeiro, de acordo com a pesquisa do Produto Interno Bruto (PIB) divulgada hoje pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Na mesma comparação, a agropecuária caiu 0,1% e o setor de serviços, o de maior peso no PIB, teve expansão de 1,2%. O indicador geral registrou alta de 1,9% no segundo trimestre, confirmando que o Brasil saiu da recessão técnica.

De abril a junho deste ano, em relação ao mesmo período de 2008, a indústria desabou, com queda 7,9%, enquanto a agropecuária registrou queda de 4,2%. Já o setor de serviços cresceu 2,4% em relação ao segundo trimestre de 2008.

No primeiro semestre de 2009, em comparação com igual período do ano passado, o PIB da indústria caiu 8,6%, o da agropecuária apresentou queda de 3,0% e o dos serviços cresceu 2,1%. Nos 12 meses encerrados em junho, o desempenho da indústria foi negativo em 3,0%, o da agropecuária foi positivo em 0,2% e o setor de serviços mostrou expansão de 3,1%.


Consumo das famílias

O consumo das famílias no segundo trimestre cresceu 2,1% em relação ao trimestre imediatamente anterior, informou o IBGE. Em relação ao mesmo período do ano passado, o consumo das famílias aumentou 3,2%. No total do primeiro semestre, houve expansão de 2,3% em relação ao mesmo período do ano passado. Nos 12 meses encerrados em junho, o consumo das famílias teve ampliação de 3,5% na comparação com igual período anterior.

O IBGE registrou queda de 0,1% para o consumo do governo no segundo trimestre, na comparação com o primeiro trimestre deste ano, e crescimento de 2,2% na comparação com o segundo trimestre de 2008. No primeiro semestre, o consumo do governo subiu 2,5% em relação a igual período de 2008 e 4,2% nos 12 meses encerrados em junho.


Investimentos

Os investimentos, ou Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF), ficaram estáveis no segundo trimestre em relação aos primeiros três meses do ano, informou o IBGE. Na comparação com o segundo trimestre de 2008, houve queda de 17%. No primeiro semestre, a FBCF acumulou queda de 15,6% na comparação com igual período de 2008. Nos 12 meses encerrados em junho, houve redução de 2,2%. A Formação Bruta de Capital Fixo é constituída principalmente por máquinas e equipamentos e pela construção civil.

A taxa de investimento (FBCF/PIB) ficou em 15,7% no segundo trimestre. No segundo trimestre de 2008 havia ficado em 18,5%. A taxa de 15,7% é a menor apurada em um segundo trimestre desde 2003. Na média do primeiro semestre, a taxa de investimento foi de 16,1% - no mesmo período do ano passado, havia sido de 18,5%.

A taxa de poupança (poupança/PIB), por sua vez, foi de 15,0% no segundo trimestre e, no primeiro semestre, ficou em 13,1%. No segundo trimestre de 2008, havia sido de 19,0% e, no primeiro semestre do ano passado, de 17,2%.
Fonte: Agencia Estado

IBGE: baixa do PIB no 1º semestre é a maior da série

A gerente de contas trimestrais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Rebeca Palis, destacou hoje que a queda de 1,5% do Produto Interno Bruto (PIB) no primeiro semestre de 2009, ante igual período de 2008, representou o maior recuo semestral da série da pesquisa, iniciada em 1996. O dado foi divulgado hoje pelo IBGE, que também informou um crescimento do PIB de 1,9% no segundo trimestre deste ano, em relação ao primeiro, o que tecnicamente confirma que o País não está mais em recessão.

Segundo Rebeca, o mau desempenho nos seis primeiros meses de 2009 foi puxado especialmente pela indústria, com queda de 8,6% no período acumulado - também um recuo recorde da série histórica. A agropecuária, com variação negativa de 3% no primeiro semestre de 2009, contribuiu para puxar para baixo o resultado do PIB. Por outro lado, ela observou que o consumo das famílias (2,3%) e do governo (2,5%) mantiveram resultados positivos, apesar da desaceleração no ritmo de alta em relação aos números registrados no primeiro semestre de 2008.

PIB da agropecuária

O IBGE esclareceu ainda que a queda de 4,2% no PIB da agropecuária, no segundo trimestre de 2009 ante igual período de 2008, é o maior recuo trimestral para esse setor desde o quarto trimestre de 1998 (quando a queda foi de 6,3%).

De acordo com Rebeca, o resultado negativo da agropecuária no período reflete a queda na safra de produtos importantes, como a soja, sobretudo por problemas climáticos, além de uma base de comparação elevada do ano passado. Entre as atividades que compõem o cálculo do PIB agropecuário, os destaques de queda no período entre abril e junho de 2009 ante iguais meses de 2008 ficaram com a soja (-5,2%, sendo que este é o produto de maior peso no PIB do setor), o milho (-14,2%) e o café (-13,5%).

Por outro lado, a principal contribuição positiva para o PIB do setor ficou com o arroz, com alta de 4,2%, por causa do aumento da safra do produto.


PIB da indústria

A indústria mostrou reação no PIB do segundo trimestre em relação aos resultados do primeiro trimestre, apesar de seguir em queda em relação a igual período do ano passado, observou Rebeca. Segundo os dados divulgados pelo instituto, o PIB da indústria aumentou 2,1% no segundo trimestre ante o trimestre imediatamente anterior e registrou queda de 7,9% ante o segundo trimestre do ano passado. Isso reduziu o ritmo de recuo em relação ao apurado no primeiro trimestre de 2009 ante igual período de 2008, quando a variação foi negativa em 9,3%.

Segundo explicou Rebeca, a queda no PIB da indústria no segundo trimestre deste ano foi puxada especialmente pela indústria de transformação, cuja baixa foi de 10,0% no período, com destaque para os desempenhos negativos na produção de máquinas e equipamentos, metalurgia, peças e acessórios para veículos, mobiliário, vestuário e calçados. Houve queda também na indústria extrativa mineral (-0,8%) no segundo trimestre deste ano ante igual período do ano passado). Ela foi puxada pela extração de minério de ferro (-27,4%), enquanto a extração de petróleo e gás registrou crescimento de 5,9%.


Investimentos

A queda de 17% nos investimentos, ou Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF), no segundo trimestre deste ano em relação ao mesmo período do ano passado, é a pior da série histórica, iniciada em 1996, informou a gerente de Contas Trimestrais do IBGE. O declínio foi provocado, principalmente, pela redução da produção interna de máquinas e equipamentos.

Além disso, a importação de máquinas e equipamentos diminuiu e a construção civil caiu. "Em todos os componentes de investimento, não tem nada com desempenho positivo", disse Rebeca. A FBCF é formada por cerca de 50% de máquinas e equipamentos, por em torno de 40% de construção civil e por outros componentes de menor peso.

Exportações

No caso das exportações, houve um crescimento de 14,1% no segundo trimestre em relação ao primeiro trimestre deste ano. O índice, porém, caiu 11,4% na comparação com o segundo trimestre do ano passado. No primeiro semestre, as exportações ficaram 13,1% menores que no mesmo período do ano passado e, nos 12 meses encerrados em junho, a queda foi de 7,6%.

Segundo o IBGE, as importações aumentaram 1,5% na comparação do segundo trimestre em relação ao período de janeiro a março, mas tiveram queda de 16,5% em relação ao segundo trimestre do ano passado. No primeiro semestre, caíram 16,3% e, nos 12 meses encerrados em junho, a redução foi de 0,8%.

A contabilidade das exportações e importações no PIB é diferente da realizada para a balança comercial. No PIB, entram bens e serviços, e as variações porcentuais divulgadas dizem respeito ao volume. Já na balança comercial, entram só bens, e o registro é feito em valores, com grande influência dos preços.
Fonte: Agência Estado

9 de set. de 2009

PF faz operação para desarticular quadrilha em municípios do Rio

A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta quarta-feira, dia 9, a Operação “ROUBO S/A”, para desarticular uma quadrilha especializada em roubo de cargas e arrombamento de cofres e caixas eletrônicos, em diversos municípios do Estado, como Macaé, Nova Friburgo, Duque de Caxias, Guapimirim, São Sebastião do Alto, São João de Meriti, São Gonçalo, Teresópolis, Itaguaí, Campos, Cachoeiras de Macacu, Niterói e o município de Além Paraíba em Minas Gerais.
Segundo a assessoria de imprensa da PF, estão sendo cumpridos 58 Mandados de Prisão Preventiva e outros 58 de Busca e Apreensão, expedidos pela Vara Estadual Criminal de Nova Friburgo e pela 1ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro.
As ações estão ocorrendo principalmente em Nova Friburgo e contam com o apoio de policiais civis e militares da Secretaria de Segurança Pública, pois há suspeita de envolvimento de 10 policiais militares e 5 civis nos crimes. O Ministério Público Estadual também participa da ação.
Fonte: JB Online

Bovespa inverte e volta a operar em baixa

A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) voltou a oscilar em território negativo nesta parte final do pregão. Por volta das 16 horas, o Ibovespa recuava 0,47%, aos 57.581 pontos, com giro financeiro em R$ 3,87 bilhões.

O aumento nas vendas segue o sinal proveniente de Wall Street, onde o Dow Jones passou a operar estável, e o Nasdaq reduziu o ganho do dia pela metade depois que o Federal Reserve (Fed), apresentou o Livro Bege.

O compilado de informações econômicas captadas pelas unidades regionais do Fed mostrou que a economia continua se recuperando, mesmo que de forma lenta. Entre os 12 distritos pesquisados cinco apontaram "sinais de melhora". O livro também mostrou que o crédito segue fraco em diversas localidades, com vendas no varejo "estáveis" e "fraco" mercado de trabalho.

Entre os ativos de maior peso na carteira, Petrobras PN subia 0,06%, para R$ 32,90; Vale PNA recuava 0,59%, a R$ 33,59; Itaú Unibanco PN ganhava 0,71%, para R$ 32,23; BM & FBovespa ON diminuía 1,17%, cotada a R$ 11,79; e Bradesco PN desvalorizava 0,72%, a R$ 31,30.

Fonte:Valor Online

TRC encolhe 8,3% no primeiro trimestre de 2009

Os oito indicadores foram negativos e apontam para um encolhimento da ordem de 8,3% nas atividades de transporte rodoviário de cargas no período. Este fato ocorreu pelo segundo trimestre consecutivo, ou seja, o mau desempenho resulta da comparação com um trimestre que já havia apresentado queda de 3,7%.

FONTE: NTC&Logística

Agricultor familiar que cultivar matéria-prima para biocombustível terá crédito no BB

O Banco do Brasil e a Petrobras Biocombustível firmaram hoje (9) convênio no valor de R$ 90 milhões para financiar lavouras dos agricultores familiares que cultivam matérias-primas para a área de biocombustíveis em usinas de diversos estados.
Serão beneficiados agricultores familiares e cooperativas de Minas Gerais, do Ceará, de Pernambuco, da Paraíba, do Rio Grande do Norte, do Piauí, da Bahia e de Sergipe que se dedicam ao plantio de mamona, girassol e soja.
Os recursos serão repassados por uma linha de crédito para custeio agropecuário, dentro do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf).
Os agricultores que contratarem esses recursos vão assumir o compromisso de fornecer a produção à Petrobras Biocombustível, que garantirá a compra a preços acima dos fixados no Programa de Garantia de Preços para a Agricultura Familiar.
O prazo para pagar o financiamento será de até cinco anos e a contratação será feita por intermédio de empresas de assistência técnica e de cooperativas ligadas ao Banco do Brasil.
Fonte: Agência Brasil

Carros terão de poluir menos a partir de 2014

Carros novos de passeio e de passageiros terão de sair das fábricas emitindo 33% menos poluentes, em média, a partir de janeiro de 2013, no caso dos veículos movidos a diesel (caso dos utilitários, como Picape S10 e Ford Ranger), ou de janeiro de 2014, no caso dos que são movidos a gasolina e álcool.

A nova fase do Proconve (Programa de Controle da Poluição do Ar por Veículos Automotores) foi aprovada ontem pelo Conama (Conselho Nacional do Meio Ambiente). No entanto, os padrões que o país terá em pouco mais de três ou quatro anos estão defasados em relação aos que já vigoram atualmente na Europa e nos Estados Unidos.

"Geralmente, estamos uma fase atrás dos europeus e norte-americanos", disse Rudolf Noronha, coordenador do programa de qualidade do ar do Ministério do Meio Ambiente. A emissão de monóxido de carbono (CO), por exemplo, foi fixada no Brasil em 1,3 g/km (no caso de veículos que pesam até 1.700 quilos) e 2 g/km (no caso de veículos de maior peso), enquanto nos países da União Europeia, desde 2005, o limite é 1 g/km (válido para veículos que pesam até 2.610 kg).

O corte nas emissões do monóxido de carbono, no caso dos veículos que pesam até 1.700 kg, será de 35% (passará dos atuais 2 g/km para 1,3 g/km). Os veículos de maior peso passarão dos atuais 2,7 g/km para 2 g/km (queda de 26%).

O monóxido de carbono afeta a saúde dos moradores de grandes cidades. Pode causar de dor de cabeça ao bloqueio das funções respiratórias. Outra substância que teve corte foi o óxido de nitrogênio.

Também nesse caso os novos limites serão superiores aos que vigoram na Europa desde 2005.

Sob o efeito da luz solar, o óxido de nitrogênio tem papel importante na formação do ozônio, um dos gases responsáveis pelo aumento da temperatura do planeta. A atual fase do programa brasileiro de controle da poluição para veículos leves entrou em vigor em janeiro deste ano. O programa foi criado em 1986.

"Quando a nova fase entrar em vigor, haverá uma redução substancial dos poluentes", disse o ministro Carlos Minc, que anunciou ontem estudos para reduzir as emissões também dos veículos usados, que dominam a frota brasileira. A Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores) afirmou que os novos limites e prazos serão cumpridos. "Não vejo nenhum problema", disse o presidente da comissão de energia e meio ambiente da Anfavea, Henry Joseph Júnior.

A Petrobras informou, em nota, que atenderá "tanto o fornecimento do óleo diesel quanto da gasolina", de acordo com as especificações já definidas pela agência reguladora para a fase de testes.

Atrasos

O Conama reativou ontem a comissão que vai acompanhar a implantação do novo padrão. O objetivo é evitar o descumprimento dos novos limites, como ocorreu no ano passado com a resolução que tratava da emissão de poluentes por veículos pesados movidos a diesel.

Essa resolução devia ter entrado em vigor neste ano, mas foi ignorada por fabricantes de veículos e pela Petrobras -que deveria fornecer combustível com menor nível de enxofre. Um "festival de omissão e de impunidade", disse Minc.

O pretexto foi uma falha da ANP (Agência Nacional do Petróleo), à qual cabia definir as especificações desse combustível. Desta vez, a ANP cumpriu essa etapa depois de uma primeira tentativa de votação, no Conama, em maio, da resolução aprovada ontem.

Um estudo divulgado na semana passada pelo Ministério do Meio Ambiente mostrou que houve um aumento de 56% das emissões de gás carbônico no setor de transportes nos últimos 13 anos.

Fonte:Folha de São Paulo

Montadoras sinalizam alta nos preços de carros por aço e IPI

A indústria automotiva do país sinalizou nesta sexta-feira com alta de preços após registrar em junho e julho os dois melhores meses de vendas da história do setor e depois de vender mais carros em agosto do que no mesmo mês de 2008.

As justificativas apontadas pelo setor para possíveis reajustes: redução no desconto de tributo federal a partir de outubro e aumento de custos com aço neste mês. O setor vem sendo beneficiado com desconto do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) desde dezembro passado.

Mas o corte começa a ser revertido no próximo mês e não poderá ser totalmente absorvido pelas montadoras, afirmou nesta sexta-feira o presidente da Anfavea, associação que representa o setor, Jackson Schneider

"O aumento da carga pode implicar em mudança de preços. A lógica comercial é ter um potencial repasse de preço", disse.

Apesar de o governo ter prorrogado por duas vezes o prazo para o fim do desconto no IPI, Schneider disse que a indústria "não tem expectativa de que (o desconto) seja novamente renovado" e que "não há nenhum tipo de negociação sobre isso".
O presidente da Anfavea comentou também que o aumento dos preços do aço representa "outra pressão" sobre montadoras que, apesar de estarem vendendo mais no país, estão com margens pressionadas.

"Essa recuperação do mercado tem sido feita sobre margens mais estreitas... A indústria tem feito promoções intensas."

Após serem forçadas a conceder descontos nos seis primeiros meses do ano para desovar estoques de aço encalhados pela crise internacional, as siderúrgicas do país começaram este mês a rever preços com o início de retorno da demanda.

A Usiminas, por exemplo, informou no fim de agosto que iria reduzir descontos em cerca de 10 por cento a partir de setembro.

Segundo a Anfavea, o aço representa, em média, 20 por cento dos custos de um carro.

Procurado, o Instituto Aço Brasil (IBAr) não tinha representantes imediatamente disponíveis para comentar as declarações do presidente da Anfavea.

PREPARAÇÃO PARA SETEMBRO

As montadoras produziram em agosto 294,4 mil veículos, 4,4 por cento mais que em julho, apesar de uma queda de 9,6 por cento nas vendas na mesma comparação. O aumento no volume fabricado elevou estoques em preparação para um mês de setembro que deve ter vendas maiores que o mês anterior, disse Schneider.

Essa esperada antecipação de compras dos consumidores interessados em aproveitar preços menores antes da retomada gradual do IPI ocorreu também em junho e março, motivadas por indefinição do governo sobre renovação do desconto até o último momento.

Com a produção maior, os estoques de veículos novos no Brasil cresceram de 22 dias em julho para 26 dias de vendas em agosto, a 223.836 unidades.

O setor segue com as mesmas estimativas para desempenho no ano, de alta de 6,4 por cento nas vendas no mercado interno, para 3 milhões de unidades, mas produção em queda de 5,2 por cento, a 3,05 milhões de veículos.

Sobre as exportações, apesar de manter a previsão oficial da entidade em queda de 40 por cento em volume, para 440 mil unidades, Schneider afirmou que "pode ser que a gente não alcance os 440 mil no fim do ano".

Fonte:Agência Estado

8 de set. de 2009

Transporte de cargas tem redução de 30%

Estudo da Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logística (NTC&Logística) mostrou que a movimentação no setor de transporte rodoviário de cargas no Brasil sofreu uma queda média de 30% no primeiro semestre de 2009, se comparado ao mesmo período do ano passado.
As maiores perdas foram nos segmentos ligados à exportação, como o transporte de contêineres, com queda de 60%, seguido pela área internacional, com 50%, e a cadeia de frios, que exporta carnes e produtos para o exterior, com 40%.
O transporte de cargas fracionadas obteve as menores quedas, com 10%. A Zona Franca de Manaus (AM) registrou queda média de 20%, assim como os produtos a granel e as cargas aéreas. Na movimentação de bebidas e combustível não houve queda significativa, mas nos produtos químicos e petroquímicos as perdas variaram entre 20 e 30%.
Para o presidente da entidade, Flávio Benatti, as perdas são um reflexo da economia mundial. "O transporte de cargas é o primeiro a sentir os efeitos da crise, mas espera-se que a economia volte a se aquecer nos próximos meses." Segundo o executivo, a perspectiva é que o setor recupere o montante perdido, chegando a zero ou pouco acima disso.
A pesquisa foi realizada entre os meses de junho e julho, com 26 empresas de todos os portes.


FONTE: DCI

Analistas aumentam projeção para inflação em 2009

Agência Brasil
BRASÍLIA - O mês de setembro começou com os investidores e analistas do mercado financeiro prevendo um leve aumento da inflação apurada pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).
De acordo com a pesquisa do Banco Central realizada até o último dia 4 e divulgada hoje no boletim Focus, o índice adotado pelo governo para fixar as metas de inflação pode ficar em 4,30% no final do ano e não mais 4,29%, como estimado anteriormente.
A taxa de câmbio ficaria estável em R$ 1,85 e a taxa básica de juros (Selic) também estável em 8,75%. Ou seja, pela pesquisa analistas e investidores estão convictos de que o Comitê de Política Monetária do Banco Central não deve realizar mais nenhuma redução na taxa básica até o final do ano, permanecendo o mesmo valor já mantido na última reunião na semana passada.
A projeção para a dívida líquida do setor público em comparação com o Produto Interno Bruto (PIB) - a soma de bens e serviços produzidos no país - elevou-se pela quarta semana consecutiva com a estimativa passando para 42,50% frente aos 42,43% da pesquisa anterior realizada até o dia 28 de agosto.
Quando se trata de crescimento da economia, o humor dos analistas melhorou, com o PIB invertendo a curva decrescente para ascendente com o indicador passando de -0,30% para -0,16%. A produção industrial, porém, passou a indicar queda de 6,93% para 7,35%.
Na avaliação do mercado financeiro, o saldo da balança comercial fecharia o ano em US$ 24,30 bilhões e os investimentos estrangeiros diretos em US$ 25 bilhões. Isso não evitaria, no entanto, um déficit em conta corrente ( um dos principais indicadores das contas externas do país) de US$ -15,05 bilhões até dezembro. Para 2010, o cenário permanece estável para o IPCA em 4,30%, e para a taxa de câmbio, em R$ 1,85 no mesmo período. A taxa básica sofreria uma elevação para 9,25% e a relação entre a dívida pública líquida e o PIB seria de 40,95%, comparativamente menor do que a deste ano, estimada em 42,50%.
Sobre as estimativas do mercado financeiro para o saldo em conta corrente, a expectativa é que daqui a 16 meses o déficit aumente para US$ 22,20 bilhões, com o saldo da balança comercial em US$ 18, bilhões, bem menor do que a de 2009, quando os analistas estimam que poderá fechar em US$ 24,30 bilhões e os investimentos estrangeiros diretos, em US$ 30 bilhões, mais US$ 5 bilhões do que em 2009.

Bovespa segue ganhos no exterior e abre em alta

Olívia Bulla - AE
A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) voltou do feriado animada pelo sinal positivo visto nos mercados internacionais e abriu em alta. A agenda fraca de indicadores econômicos de hoje não deve atrapalhar o rumo das bolsas no exterior e, segundo uma fonte, o dia tem tudo para ser favorável. As matérias-primas (commodities) sobem, puxadas pela desvalorização do dólar e a elevação da cotação do ouro acima de US$ 1.000 por onça-troy. Às 10h10, o índice Bovespa (Ibovespa) subia 1,49%, aos 57.493 pontos.
Ontem também foi feriado nos Estados Unidos e as Bolsas de Nova York voltam aos negócios com um calendário internacional mais leve esta semana. O destaque pode ficar com a China, que anuncia dados sobre produção industrial e vendas no varejo na quinta-feira. Nos EUA, o Livro Bege do Federal Reserve (Fed, banco central norte-americano) sai amanhã. Hoje, a autoridade monetária norte-americana divulga, às 16 horas, o crédito ao consumidor de julho, com previsão de número negativo de US$ 3,5 bilhões.
No Brasil, a semana é mais curta, porém intensa. São destaques a ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) e o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de agosto, que saem quinta-feira, além do Produto Interno Bruto (PIB) do segundo trimestre de 2009, a ser divulgado na sexta-feira.
Esta manhã, dados sobre produção industrial na Alemanha e no Reino Unido sustentam ganhos na Europa, dando sinal de que a desaceleração mais severa da atividade já ficou para trás. As commodities também avançam, em decorrência de um relatório da Organização das Nações Unidas (ONU) que questiona o status do dólar como moeda de reserva. Amanhã, os ministros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) se reúnem em Viena, mas analistas não esperam que o cartel anuncie qualquer mudança na política de produção e oferta do petróleo.
No campo corporativo, as ações da Embraer devem repercutir o anúncio feito ontem pelo presidente Lula, de que o Brasil comprará da França 36 aviões de combate Rafaele e 50 helicópteros. Em troca, o país europeu vai adquirir dez aviões de transporte militar KC-390, que serão fabricados pela Embraer. Lula justificou a compra dos aviões de caça com o argumento de que o Brasil precisa reforçar o controle de suas fronteiras diretas, especialmente na Amazônia e no pré-sal.
Em relação à camada geológica, a Petrobras informou hoje que retomou a produção em poço no pré-sal de Tupi, após a área ter sido fechado para a troca da Árvore de Natal Molhada (equipamento submarino de controle de fluxo de poços). Segundo a estatal, a substituição do equipamento foi realizada com sucesso em um prazo de dois meses, inferior ao previsto inicialmente, de até quatro meses.

Superávit da balança comercial atinge marca de US$ 20 bilhões no ano

Ao mesmo tempo, exportações rompem a barreira dos US$ 100 bilhões.
Com queda maior de importações, superávit sobe 18,7% até 6 de setembro.
O superávit da balança comercial (exportações menos importações) atingiu a marca dos US$ 20 bilhões no acumulado deste ano, até 6 de setembro, informou nesta terça-feira (8) o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC).

Entre janeiro e o dia 6 deste mês, segundo o MDIC, o saldo positivo da balança somou exatos US$ 20,44 bilhões. Na comparação com igual período do ano passado, quando o superávit estava em US$ 17,22 bilhões, houve um crescimento de 18,7%, segundo números do MDIC.

A explicação para o crescimento do superávit da balança neste ano é a queda maior das importações no decorrer de 2009 - que é uma das consequências da crise financeira internacional. No acumulado deste ano, as vendas ao exterior caíram 24,8%, enquanto as importações recuram 31,3%.

Exportações em US$ 100 bilhões
No acumulado deste ano, até 6 de setembro, as exportações somaram US$ 100,67 bilhões e, com isso, ultrapassaram a barreira dos US$ 100 bilhões, segundo dados do Ministério do Desenvolvimento. Aprevisão do governo é de exportar US$ 160 bilhões em 2009, o que representará, se for confirmada a expectativa, uma queda de 20% em relação ao valor exportado no ano passado. Neste ano, até 6 de setembro, as compras do exterior totalizaram US$ 80,22 bilhões no acumulado de 2009.
Projeção do mercado
O Banco Central informou nesta terça-feira (8) que a projeção do mercado financeiro para o saldo positivo da balança comercial em 2009 subiu para US$ 24,3 bilhões. Há alguns meses atrás, a expectativa de saldo positivo estava em US$ 16 bilhões. Em 2008, a balança comercial teve superávit de US$ 24,7 bilhões, com forte queda de 38,2% frente ao ano de 2007, quando o resultado positivo somou US$ 40 bilhões.
Primeira semana de setembro
Na primeira semana de setembro, a balança comercial registrou um superávit de US$ 480 milhões, informou o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior nesta terça-feira. Entre os dias 1 e 6 deste mês, as exportações totalizaram US$ 2,73 bilhões, com média diária de US$ 684 milhões. No mesmo período, as importações somaram US$ 2,25 bilhões, ou US$ 564 milhões por dia útil.
Fonte: G1 Notícias