8 de set. de 2009

Bovespa segue ganhos no exterior e abre em alta

Olívia Bulla - AE
A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) voltou do feriado animada pelo sinal positivo visto nos mercados internacionais e abriu em alta. A agenda fraca de indicadores econômicos de hoje não deve atrapalhar o rumo das bolsas no exterior e, segundo uma fonte, o dia tem tudo para ser favorável. As matérias-primas (commodities) sobem, puxadas pela desvalorização do dólar e a elevação da cotação do ouro acima de US$ 1.000 por onça-troy. Às 10h10, o índice Bovespa (Ibovespa) subia 1,49%, aos 57.493 pontos.
Ontem também foi feriado nos Estados Unidos e as Bolsas de Nova York voltam aos negócios com um calendário internacional mais leve esta semana. O destaque pode ficar com a China, que anuncia dados sobre produção industrial e vendas no varejo na quinta-feira. Nos EUA, o Livro Bege do Federal Reserve (Fed, banco central norte-americano) sai amanhã. Hoje, a autoridade monetária norte-americana divulga, às 16 horas, o crédito ao consumidor de julho, com previsão de número negativo de US$ 3,5 bilhões.
No Brasil, a semana é mais curta, porém intensa. São destaques a ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) e o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de agosto, que saem quinta-feira, além do Produto Interno Bruto (PIB) do segundo trimestre de 2009, a ser divulgado na sexta-feira.
Esta manhã, dados sobre produção industrial na Alemanha e no Reino Unido sustentam ganhos na Europa, dando sinal de que a desaceleração mais severa da atividade já ficou para trás. As commodities também avançam, em decorrência de um relatório da Organização das Nações Unidas (ONU) que questiona o status do dólar como moeda de reserva. Amanhã, os ministros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) se reúnem em Viena, mas analistas não esperam que o cartel anuncie qualquer mudança na política de produção e oferta do petróleo.
No campo corporativo, as ações da Embraer devem repercutir o anúncio feito ontem pelo presidente Lula, de que o Brasil comprará da França 36 aviões de combate Rafaele e 50 helicópteros. Em troca, o país europeu vai adquirir dez aviões de transporte militar KC-390, que serão fabricados pela Embraer. Lula justificou a compra dos aviões de caça com o argumento de que o Brasil precisa reforçar o controle de suas fronteiras diretas, especialmente na Amazônia e no pré-sal.
Em relação à camada geológica, a Petrobras informou hoje que retomou a produção em poço no pré-sal de Tupi, após a área ter sido fechado para a troca da Árvore de Natal Molhada (equipamento submarino de controle de fluxo de poços). Segundo a estatal, a substituição do equipamento foi realizada com sucesso em um prazo de dois meses, inferior ao previsto inicialmente, de até quatro meses.

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