2 de jun. de 2009

GM do Brasil deve anunciar hoje que operação no País não sofrerá reflexo

SÃO PAULO - Um dia após o anúncio de concordata da General Motors (GM), o presidente da subsidiária brasileira, Jaime Ardila, deverá informar hoje ao mercado - em coletiva de imprensa em sua unidade em São Caetano do Sul (SP) - que as operações no Brasil não serão influenciadas com o pedido de proteção judicial da matriz nos Estados Unidos. Segundo o consultor do setor automotivo, André Beer, ex-vice-presidente da General Motors no Brasil, nada mudará na operação brasileira da GM. "Existe uma linha clara que divide as operações no Brasil e nos Estados Unidos. O que irá acontecer na minha opinião é absolutamente nada", disse Beer ao DCI. "Eventualmente, um trabalho aqui no Brasil será na área de marketing, que é muito mais um aspecto psicológico dessa questão", ressaltou o consultor, que também é ex-presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea).



Em comunicado, a GM informou que nenhuma das operações da GM fora dos EUA está incluída no pedido nem no processo tutelado pelo Tribunal". Os "processos não têm impacto legal direto nos planos e nas operações da GM fora dos EUA. A GM confirmou, ainda, que todas as operações continuam a funcionar sem interrupções na Europa, na América Latina, em África e no Médio-Oriente, bem como na Ásia-Pacífico. Na mesma nota, a montadora também garantiu que os "fornecedores essenciais continuam a ser pagos normalmente", assim como os empregados da companhia. Ante do anúncio da concordata, Ardila já havia salientado que a GM do Brasil possui independência jurídica e financeira. O executivo também já confirmou o plano de investimentos de US$ 1 bilhão no País.



Para Beer, no Brasil será o "produto que comandará a situação". Muitos dos veículos brasileiros nasceram com base nos modelos da européia Opel e é nesse sentido que o Brasil pode ter alguma mudança, mas o executivo reforça: "a subsidiaria brasileira tem vida própria". A GM do Brasil é a segunda maior operação da montadora fora dos EUA, atrás apenas da China. Já em relação à marca Chevrolet, o Brasil fica em segundo lugar do ranking, depois dos EUA.



Na coletiva de hoje, além do presidente da GM do Brasil e Operações Mercosul, Jaime Ardila, estará presente o vice-presidente da empresa, José Carlos Pinheiro Neto. Ambos comentarão o estado dos negócios da empresa no País. O anúncio será realizado em São Caetano do Sul, no ABC paulista, na primeira planta da empresa montada no País, que foi inaugurada em 1930.

FONTE DCI http://www.dci.com.br/

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