11 de jan. de 2010

Brasil salva o ano de montadoras argentinas

Brasil salva o ano de montadoras argentinas

O ano de 2010 está sendo encarado com otimismo por parte das montadoras de automóveis instaladas na Argentina. Após um ano de crise, eles esperam bater recordes históricos em 2010.

Segundo o presidente da Associação de Fabricantes de Automóveis da Argentina (Adefa), Cesar Luis Ramírez Rojas, a produção automotiva neste ano chegaria a 640 mil unidades. Desse total, 65% seriam exportados, majoritariamente, para o mercado brasileiro. No ano passado, o Brasil absorveu 80% das exportações de veículos da Argentina.

O corte do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) implementado pelo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi considerado um dos fatores cruciais para a recuperação do setor automotivo argentino ao longo de 2009, ano que havia iniciado com previsões sombrias. A medida brasileira, afirmam os analistas, foi mais positiva do que as medidas tomadas pelo próprio governo argentino para reativar o setor.

Municípios da Grande Buenos e as províncias de Córdoba e Santa Fé puderam resistir ao impacto da crise em melhores condições do que o resto do país graças às exportações de automóveis para o Brasil. No caso de Córdoba, o peso do mercado brasileiro é significativo, já que 25% das exportações da província para o Brasil são de automóveis. Outros 22% das vendas totais da província ao mercado brasileiro referem-se a autopeças.

Ramírez Rojas, em declarações ao jornal Clarín, indicou que o ano de 2009 teria sido encerrado com a produção de 500 mil unidades.

O governo argentino exibe mais otimismo que as próprias montadoras. Esse é o caso da ministra da Produção, Debora Giorgi, que neste fim de semana, em declarações ao jornal Página 12, afirmou que a produção de 2009 teria sido de 530 mil unidades. Além disso, estima que em 2010 a produção chegará à marca inédita de 700 mil unidades.

Em 2002, quando a Argentina estava afundada na pior crise econômica de sua história, a produção automotiva foi de apenas 94 mil unidades, o volume mais baixo desde 1960. No entanto, a partir de 2003 o setor reagiu, transformando-se na locomotiva da recuperação econômica argentina.

Fonte:O Estado de São Paulo

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