19 de jun. de 2009

Indústria quer isenção de impostos para recuperar mercado

Fonte:
Porto Gente
19/6/2009


Fortemente afetada pela crise, a indústria brasileira de implementos rodoviários negocia isenção de impostos e redução do spread com o Governo Federal para dar mais competitividade ao setor. A venda de tanques para o transporte de combustível e de furgões de alumínio, dois dos produtos mais requisitados às fábricas, caiu drasticamente desde que a crise financeira se instalou nos principais mercados. A Associação Nacional dos Fabricantes de Implementos Rodoviários (Anfir) divulgou na última semana que as vendas globais do segmento nos cinco primeiros meses de 2009 registraram queda de 22,39% em relação ao mesmo período de 2008.

Em entrevista exclusiva ao PortoGente, o diretor-executivo da Anfir, Mário Rinaldi, disse que a redução de taxas cobradas pelo governo é fundamental para baratear o financiamento para compra de implementos no Brasil e no exterior. Segundo ele, embora os fabricantes do setor enfrentam forte retração nas vendas, não foi registrado nenhum fechamento de empresas. “Está feio, mas não está tão feio porque não tem mais como as vendas caírem. Certos produtos não deixam de ser consumidos. Estamos tateando para ver como melhorar a situação. Se tiver mais isenção de impostos, ótimo. Sempre é um incentivo”.

Rinaldi explica que ao abrir mão de parte dos impostos, a União beneficia o consumidor. Isso acontece porque a indústria de implementos rodoviários apenas repassa aos clientes o que é cobrado pelo governo. Assim, a isenção não se reverte em lucro para os empresários do setor, mas potencializa as vendas ao diminuir os preços do mercado e aumentar a competitividade dos produtos comercializados.

Um dos fatores que possibilitou um alívio para a categoria foi o fato de o Governo Federal ter aceitado a solicitação da Anfir para reduzir a alíquota do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) a zero para a produção de veículos. A isenção teve início no dia 1º de abril e está prevista para terminar do final deste mês de junho, embora o Ministério da Fazenda já estude a prorrogação da redução do imposto para os veículos.

A queda nas vendas de implementos é atribuída, especialmente, ao desaquecimento dos mercados agrícola, sucroalcooleiro, construção e de carga geral. Rinaldi lembra que as indústrias do segmento sofrem diretamente os reflexos negativos ou positivos da movimentação de cargas via caminhões.

A expectativa para os próximos meses, avalia Rinaldi, é de que a queda permaneça nos mesmos patamares dos primeiros meses do ano. “É cedo para falar, mas não está se vislumbrando melhoras para o terceiro trimestre deste ano”. Apesar de não ter realizado demissões em massa, as fábricas de implementos rodoviários, de acordo com o diretor-executivo, já fecharam acordos com sindicatos para diminuição da carga horária de trabalho e estudam outras providências caso a crise persista por muito tempo.

Exportações e intermodalidade


Questionado se a queda nas vendas de implementos está relacionada com outros fatores, Rinaldi respondeu que a crise financeira é a única responsável, principalmente pela retração das exportações e das vendas para o setor do agronegócio. Embora esse segmento industrial não seja altamente exportador – em torno de apenas 12% da produção brasileira é enviada ao exterior – o mercado internacional afeta as fábricas do País. Ele ressalta que o Brasil vendia grandes quantidades de soja para o mundo todo, mas desde o final do ano passado os principais mercados compradores reduziram a demanda, afetando os agricultores e, consequentemente, quem vende os equipamentos para o transporte da carga.

Apesar de produzir peças apenas para o setor rodoviário, a indústria, conforme pensa Rinaldi, seria beneficiada com a efetiva implantação da integração modal no Brasil. “O produto final só chega na porta do cliente por meio do rodoviário. Uma hora não tem mais ferrovia ou hidrovia para transportar a carga. Então, esse tipo de transporte não vai acabar, iríamos até ser projetados com a melhoria da logística”.

Um comentário:

  1. socorro para um trabalhador das estradas!!ola, boa noite trabalho numa empresa de transporte de carga seca bi-trem e na minha
    ctps esta assinada em 6% de comissao 1.255,00 por mes caso vc nao atinja esse valor eles garantem esses 1.255,00 mas na verdade é só de faixada esse valor! pois eles fazem ajente trabalhar igual burro de carga temos que ficar a disposição deles no carregamento e na descarga pegamos as hs5:00 da manha e paramos hs 23:00 ou mais e raramente consiguimos atingir um salario justo pois trabalhamos muitas das vezes 18 horas por dia durante 24 ou 25 dias e para receber 1.050,00 reais liquido ainda temos que fazer funções de chapa lonar duas carretas e deslonar sem receber 1 centavo pela mão de obra que não é função do motorista, alem disso essa comissão misera de 6% fica restrita aos 1.255,00 da carteira ou seja eles obrigam a voce fazer 21.000,00 de frete para atingir metas ou seja os 1.255,00 da carteira, a partir dai que vc ganha 6% de comissão, assin eles nao precisão pagar nossos direitos hora extra, 50% do sabado, 100% do domingo, periculosidade,etc...
    meu nome é Anderson e meu email é serraboys@gmail.com

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