7 de jul. de 2009

Odebrecht faz acordo com CSN para construir trecho da Transnordestina

Fonte:
Valor Econômico
7/7/2009


A Transnordestina Logística, controlada pela Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), assinou com o grupo Odebrecht um memorando de entendimento para as obras de construção do trecho de 522 km que vai de Suape a Salgueiro, em Pernambuco, da ferrovia Transnordestina.

O valor do contrato, de acordo com Tufi Daher Filho, presidente da Transnordestina Logística, é de cerca de R$ 1 bilhão e prevê a formação de consórcio com outras empresas. A expectativa é que o contrato seja assinado até o fim deste mês.


Ontem, o executivo participou de uma reunião organizada pelo governo pernambucano com os prefeitos das 34 cidades por onde a ferrovia passará, além de membros do poder judiciário e cartorários.


Durante as quatro horas do evento, o objetivo do governador Eduardo Campos (PSB) foi apresentar a obra e pedir aos prefeitos e à Justiça colaboração nas mais de 1.400 desapropriações de terra que estão em curso no Estado. Pernambuco se comprometeu a fazer todo esse processo até o dia 17 de agosto. "Quis mostrar o tamanho do desafio que temos há pela frente". No início de agosto, Campos, os prefeitos e os juízes voltam a se reunir para detalhar os avanços alcançados.


Em meados de junho, a Transnordestina apresentou ao Ministério da Casa Civil, comandado por Dilma Rousseff, um plano para acelerar as obras dos 1.728 km da ferrovia, com a meta de colocá-la em operação no fim de 2010. Hoje, os maiores desafios enfrentados são a falta de licença ambiental e de desapropriações.


A ministra Dilma tem acompanhado e cobrado de membros do governo e da própria CSN, controladora do empreendimento, agilização para a obra, que, inicialmente, estava prevista para ser concluída em 2010. Além dos problemas mencionados, a ferrovia enfrentou atrasos na liberação de recursos do Fundo de Investimento do Nordeste (Finor) - R$ 823 milhões - e do Fundo de Desenvolvimento do Nordeste, responsável pela parcela de R$ 2,6 bilhões. O Banco do Nordeste do Brasil e o BNDES também são financiadores do projeto, orçado em R$ 5,4 bilhões.


Por: Carolina Mandl

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