9 de fev. de 2010

Governo federal quer carretas fora da Avenida Brasil

Governo federal quer carretas fora da Avenida Brasil

Ministro das Cidades afirmou que Zona Portuária preocupa.
PAC 2 fará foco em alternativas para Linhas Vermelha e Amarela.

Carolina Lauriano Do G1, no Rio

O ministro das Cidades, Márcio Fortes, afirmou nesta segunda-feira (8) que o governo federal pretende investir no acesso ao porto do Rio de Janeiro para melhorar o deslocamento de carretas no Caju, na Zona Portuária. A ideia é criar vias especiais para segregar esse tipo de transporte e, com isso, desafogar o trânsito na Avenida Brasil, na Linha Amarela e na Linha Vermelha.

“É um acesso problemático. O que está sendo feito agora é executar um programa de obras, e a prefeitura já está fazendo uma via alternativa, mas precisamos de mais investimentos pra segregar o transporte de carretas, que são equipamentos pesados”, disse ele.



O recurso federal virá do Plano de Aceleração do Crescimento (PAC) 2, que será lançado em março e tem como foco a mobilidade segura.

Para o ministro, circulação das carretas no Caju preocupa. “As ruas são antigas, esburacadas, estreitas. O estacionamento de carretas é feito em qualquer lugar, falta estacionamento especifico”. Ele disse que no Brasil inteiro o objetivo é criar área de estacionamento, área de repouso para o caminhoneiro, restaurante e banheiros. “Isso é importante porque não é só largar o carro pela rua e o caminhoneiro não tem onde ficar. Tem que ter estacionamento pra carga e melhor tratamento humano para o caminhoneiro”.

V Fórum Urbano Mundial será no Rio

A declaração foi dada durante o lançamento do V Fórum Urbano Mundial, que terá o Rio como anfitrião e será realizado entre os dias 22 e 26 de março, no Píer Mauá. Cerca de 15 mil participantes de 160 países são esperados. Este ano o tema em debate é o crescimento das cidades e as políticas públicas que precisam ser implementadas para o cidadão ter seus direitos garantidos, como o acesso à moradia.

Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), mais da metade da humanidade hoje vive em cidades. A diretora regional do UN-Habitat da ONU, Cecília Martinez, estava no evento, ao lado do vice-governador do Rio, Luis Fernando Pezão, e do secretário municipal de Obras do Rio, Luis Antonio Guaraná.

“Esse evento vai servir de laboratório para outros grandes eventos que o Rio vai sediar, como a Copa de 2014 e as Olimpíadas de 2016”, lembrou Pezão.
Essa é a primeira vez que o fórum acontece na América Latina. A primeira edição do evento, em 2002, foi no Quênia, na África, e contou com 1.200 participantes. Em 2008, o fórum foi para a China, na Ásia, e teve um público de 14.000 pessoas.

PAC 2 tem recursos para prevenir deslizamentos

O ministro das Cidades disse ainda que a verba do PAC 2 servirá também para as pessoas que perderam casas nos deslizamentos que ocorreram no país devido à chuva.

O governo quer investir na macrodrenagem, nas cidades que enfrentam alagamentos, deslizamentos e mortes nos períodos de chuva. Segundo o ministro, é preciso agir, primeiramente, na prevenção dos desastres.

“Esse é um tema fundamental do PAC 2, a questão do atendimento de prevenção, para evitar que aja situação de calamidades”. Segundo ele, será feito um mapeamento das áreas de risco de deslizamento, as famílias em áreas de risco serão removidas e essas regiões receberão tratamento drenagem e dragagem. Só depois serão construídas novas residências.

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