21 de jan. de 2010

Movimentação de granéis sólidos no Porto de Paranaguá cresceu 6,2% em 2009

Movimentação de granéis sólidos no Porto de Paranaguá cresceu 6,2% em 2009

Os produtos agrícolas – especialmente os granéis sólidos – asseguraram a estabilidade nas exportações no Porto de Paranaguá, em 2009: movimento observado, também, no maior complexo portuário do País, o Porto de Santos. O crescimento na movimentação de soja (14,29%) e de açúcar a granel (15,53%), fez com que os embarques de granéis sólidos registrassem alta de 6,2% no fechamento de 2009, conforme apontou o levantamento do setor de estatística da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa).

Foram exportadas pelo Porto de Paranaguá mais de 14,5 milhões de toneladas de granéis sólidos – o equivalente a 64,14% do volume total das exportações e cerca de 47% do volume total movimentado em 2009 no complexo. A soja liderou os embarques, com 4,76 milhões de toneladas, seguida dos farelos, que somaram 4,75 milhões de toneladas, e do açúcar, que totalizou 3,26 milhões de toneladas.

O ano de 2009 foi, de fato, um ano de crescimento expressivo nas exportações de açúcar por Paranaguá. Somando o produto embarcado a granel e o ensacado, chegou-se a um volume de 3,68 milhões de toneladas, o que correspondeu a um aumento de 23,15% em relação aos embarques em 2008.

“A alta no preço do açúcar no mercado internacional e a quebra de safra em países tradicionalmente exportadores, como a Índia, aqueceu as vendas externas. O Porto de Paranaguá se mostrou preparado para atender esse aumento na demanda, inclusive, abrindo espaço para que os operadores usassem o corredor de exportação, normalmente dedicado a grãos, para os embarques do setor sucroalcooleiro paranaense e brasileiro”, afirmou o superintendente da Appa, Daniel Lúcio Oliveira de Souza.

O desempenho geral das exportações de granéis sólidos foi prejudicado pelos recuos nos embarques de milho (-3,58%) e farelos (-2,37%), como reflexo na quebra da safra de grãos e dos preços desfavoráveis para o milho no mercado internacional.

As perspectivas para este ano são de um crescimento de 5% nas exportações do agronegócio, segundo anunciou o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Reinhold Stephanes. As projeções de empresários que operam grãos no Porto de Paranaguá, principalmente soja, são mais otimistas. Estimam um aumento de 30% nos embarques da safra 2009/2010.

Com as melhorias na infraestrutura marítima – a partir do restabelecimento dos 12,5 metros de calado para navegação no Canal da Galheta, que dá acesso aos portos do Paraná – a expectativa é que os fretes marítimos tenham bonificações mais vantajosas em relação a Santos. Para estipular esses descontos, os armadores (donos dos navios) levam em consideração, entre outros fatores, as facilidades que o porto oferece em termos de infraestrutura, logística e condições de navegabilidade.

“O Paraná está se preparando para voltar a ter uma safra de mais de 30 milhões de toneladas. No ano passado, apesar da crise e da quebra de 20% na safra, os produtores continuaram investindo. O desempenho no embarque de grãos pelo Porto de Paranaguá, em 2009, nos dá a tranquilidade de que temos eficiência logística para manter a competitividade nas exportações, já que, mesmo em um ano complicado, conseguimos ter esses números positivos”, afirmou o secretário de Estado da Agricultura e do Abastecimento, Valter Bianchini.

De acordo com o secretário, a safra de soja (2009/2010) deverá chegar a 13,5 milhões de toneladas, no Paraná, e 65 milhões de toneladas, no Brasil. “E os produtores encontram no Porto de Paranaguá um dos principais pólos de exportação do País”, acrescentou.

Desempenho geral

Considerando as exportações de carga geral, granéis sólidos e granéis líquidos, o Porto de Paranaguá teve um crescimento de 2,76% na movimentação no ano passado, em comparação a 2008 – ligeiramente acima do Porto de Santos que cresceu 2,2%. Os embarques nas três categorias somaram mais de 22,7 milhões de toneladas.

Entre os produtos enquadrados como carga geral, os congelados foram os que tiveram o crescimento mais significativo em 2009: 63,1%. Foram embarcadas mais de 1,36 milhão de toneladas no passado, enquanto em 2008, o volume foi de pouco mais de 836 mil toneladas.

“A iniciativa do ex-superintendente Eduardo Requião em criar um corredor de congelados atraiu novas cargas e investimentos privados em infraestrutura de armazenamento na retroárea do Porto de Paranaguá, consolidando o potencial dos portos paranaenses para operações com esse tipo de carga”, destacou Souza.

Os números do setor de estatística da Appa mostram, ainda, que a movimentação de contêineres no Porto de Paranaguá teve um crescimento de 7,43% nas exportações. As operações de embarque subiram de 297,3 mil TEUs (unidade equivalente a um contêiner de 20 pés), em 2008, para 319,3 mil TEUs, no ano passado.

Crise

Os produtos manufaturados de maior valor agregado foram os mais atingidos pela crise mundial, dizem os economistas. A queda nas operações com veículos, no Porto de Paranaguá, tanto de exportação
(-13,43%) como importação (-14,78%), corrobora essa afirmação. O balanço da Appa aponta que, em 2009, foram embarcadas 70.912 unidades e desembarcadas outras 68.605 unidades.

“Ao longo do ano, o setor automotivo sinalizou uma recuperação e encerrou 2009 com uma queda bem menor que a registrada no início do ano. As perspectivas são de retomar o crescimento em 2010”, observou o superintendente da Appa.

Importação

A crise teve reflexos, também, nas importações de carga geral, granéis sólidos e líquidos, que totalizaram 8,5 milhões de toneladas no ano passado. Os portos do Paraná terminaram 2009 registrando uma queda de 21,57% nos desembarques de mercadorias. Entre os granéis sólidos, o maior recuo foi nos fertilizantes (-32,82%). A retomada do crescimento nas importações do produto, no último trimestre de 2009, não foi suficiente para reverter a queda de 58,17%, acumulada no primeiro semestre. Ainda entre os granéis sólidos, sal e trigo tiveram altas de 9% e 16,94%, respectivamente.
Fonte:Agência Estadual de notícias do Paraná

BA-093 vai a leilão em abril com pedágio a R$ 3,35 - 21/01/2010 12:36:07
recho da BA 093, rodovia que serve ao Polo Petroquímico de CamaçariO edital de licitação para a concessão do sistema da BA-093, publicado nesta terça, definiu o valor de R$ 3,35 como o máximo a ser pago pelo uso das pistas.

A área leiloada compreende ainda trechos das BAs 512, 521, 524, 526 e 535, transferindo mais 125 quilômetros de rodovias para a iniciativa privada. Além do acesso ao Polo Industrial de Camaçari, as vias passam pelas cidades de Salvador, Simões Filho, Candeias, Camaçari, Dias D’Ávila e Mata de São João. O leilão de concessão deverá acontecer entre os dias 9 e 20 de abril na Bovespa. A expectativa do Estado é de que a concessão da via garanta um investimento que pode variar entre R$ 800 milhões até R$ 1 bilhão nos 25 anos de concessão.

De acordo com o presidente da comissão de outorga das vias, Rafael Oliveira, existe expectativa de que o valor da tarifa seja bem menor que o de R$ 3,35. “Acredito que teremos um leilão bastante concorrido, já que todas as empresas concessionárias em atividade no País estiveram nos eventos que fizemos para apresentar o projeto”, avalia Oliveira. O que está garantido é que a cobrança será feita apenas uma vez, mesmo para quem passar por mais de uma praça de cobrança.

“Mal necessário” - Ninguém gosta de pagar tarifas, esta é a verdade. Ainda mais por um serviço em que o entendimento da população é de que os tributos deveriam ser suficientes para garantir o bom funcionamento. Mas a situação das vias, leva o cidadão ao pragmatismo algumas vezes, como no caso da concessão do sistema BA-093, onde uma pesquisa realizada pelo Departamento de Infraestrutura de Transporte da Bahia (Derba) apontou que 85% dos usuários são favoráveis à privatização da operação.

O caminhoneiro paulista Dener Ivan Gaertner, 28 anos, faz coro aos pedidos para transferir o trabalho à iniciativa privada. “Foi a primeira vez que trafeguei por aqui (BA-093) e teve alguns trechos que eu levei 4 horas andando na primeira e segunda marcha”, conta. Funcionário de uma transportadora, brinca ao dizer que não vê problema com o pedágio, já que a taxa será paga pela empresa. “Falando sério, vale a pena pagar se a pista ficar boa. Teve horas em que metade do pneu sumia dentro dos buracos”, lembra.

A entidade que representa os maiores usuários do futuro pedágio também se coloca a favor da medida. O Comitê de Fomento Industrial de Camaçari (Cofic) participou da discussão com o governo do Estado sobre a implantação da concessão. “Demos todo o suporte necessário porque a nossa posição é de que o melhor seria que o governo pudesse cuidar, mas, já que não faz isso, que delegue à iniciativa privada”, avalia o superintendente-geral do Cofic, Mauro Pereira.

Segundo Pereira, a preocupação com a questão da segurança neste caso é maior que a chateação com o possível aumento de custos provocado pelo pedágio. “As estradas de acesso ao Polo oferecem bastante riscos e são muito movimentadas”, avalia. A duplicação, prevista no edital de concessão, é o que pode ajudar a ampliar a segurança para as pessoas que circulam na área do Polo, para as cargas e até em relação ao meio ambiente. “Um acidente com uma carga tóxica pode causar um problema ambiental”, lembra Pereira.

No posto da Polícia Rodoviária Estadual, localizado na BA-093, os policiais disseram não ter autorização para falar com a imprensa sobre as condições da rodovia. Nem precisavam: quem passa por lá vê 16 carros batidos estendidos na grama.

Fonte:A tarde

Nenhum comentário:

Postar um comentário