26 de mai. de 2009

Diesel brasileiro é o segundo mais caro, aponta Setcepar

As empresas associadas ao Setcepar (Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas do Paraná) realizaram uma comparação entre os valores cobrados pelo óleo diesel em seis países da América do Sul e constataram que o preço cobrado no Brasil é o segundo maior da região, perdendo apenas para o Uruguai, que cobra aproximadamente R$ 2,25 pelo produto.

Para Fernando Klein Nunes, Presidente da entidade, a política de preços e a cobrança de tributos é motivo do preço ser mais alto. “Pagamos aproximadamente R$ 2,04 por litro enquanto na Argentina e no Chile é cobrado R$ 1,62 e R$ 1,45, respectivamente”.

“Como não há concorrência somos obrigados a pagar o que nos cobram. O monopólio no Brasil contribui muito para o preço alto, no entanto, a carga tributária elevada sobre o preço dos combustíveis também é outro fator que preocupa”, pondera.

Segundo Nunes, o litro do combustível sai das refinarias por um determinado valor, mas os tributos federais fazem com que o mesmo sofra um aumento de preço até chegar às bombas. “Muitas vezes, o produto dobra de preço ou mais”, aponta.

O presidente da entidade destaca que o “último aumento de diesel, em abril do ano passado, foi de 15% já a gasolina subiu 10%”, argumenta. Para ele, o alto custo praticado no País faz com que toda economia sinta os reflexos.

“Um dos principais resultados do preço operado no mercado brasileiro é o frete alto que impacta praticamente todos os segmentos pois boa parte deles utiliza o transporte rodoviário. O preço do diesel impacta, sim, todos os segmentos da economia, direta ou indiretamente”, salienta.

De acordo com Nunes, para solucionar este impasse é necessário um esforço por parte da Petrobras e do governo. “O diesel é utilizado na prestação de serviços de transporte do País e isso deveria ser levado em conta. Além disso, a alíquota de impostos sobre o óleo diesel está elevada, o ICMS, por exemplo é de 12% no Paraná”, afirma.

Para o representante do Setcepar, esta seria a melhor forma de tornar o transporte rodoviário mais competitivo e minimizar os impactos do preço do produto na economia do País.

Petrobras

Em pronunciamento oficial realizado em março deste ano, Paulo Roberto, Diretor de abastecimento da estatal, afirmou que os valores operados estão de acordo com os principais mercados.

“Por uma política da companhia não repassamos nenhuma volatilidade do mercado aos clientes”, aponta. E relembra: “desde 2005 até maio de 2008, não tínhamos nenhum reajuste no preço do combustível. Além disso, não depende da Petrobras uma redução de preços”.


Fonte:Web Transpo

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