29 de set. de 2009

Caminhão: um universo que vai além do simples ir e vir nas estradas

Caro leitor, responda rápido. Quantas peças você supõe que formam um caminhão? O modelo? Fica ao seu critério, seja ele leve, médio, semi-pesado, pesado ou extra-pesado. Uma dica: ultrapassa a casa de 20 mil. Para ser um pouco mais exato, um conjunto completo chega a reunir até 25 mil peças, variando de acordo com a versão escolhida, que vão desde o simples parafuso ao sistema mais sofisticado como o freio motor.

Agora, imagine coordenar esse emaranhado de itens de uma maneira eficiente sem confundir as operações de cada fornecedor. Ou melhor, comandar uma operação logística just in time a ponto de precisar ser abastecido com produtos a cada três horas. Difícil? É exatamente isso que a Mercedes-Benz do Brasil realiza desde 1956 em seu complexo industrial localizado em São Bernardo do Campo, em São Paulo.

A tarefa é complexa e a empresa precisa satisfazer os clientes, cada vez mais exigentes, pois a concorrência bate à porta. Ao percorrer a fábrica de caminhões da marca alemã, a primeira impressão que fica permeia entre grandiosidade e profissionalismo, verificada na capacidade produtiva, tecnologia aplicada e organização das estações de trabalhos.

“Os veículos que fabricamos no Brasil possuem a mesma qualidade do que é produzido na Europa. Para isso, além da excelência do nosso sistema de gestão, infraestrutura e tecnologia de produção, contamos com uma equipe de colaboradores altamente qualificados”, relata Ronald Linsmayer, responsável pela área de caminhões da Mercedes-Benz do Brasil.

Organização interna é um dos destaques da fábrica

Sincronia

Talvez, a palavra que resuma as atividades da Mercedes-Benz em São Bernardo do Campo seja sincronia. É perceptível o envolvimento de todo o quadro de funcionários, desde o responsável pela limpeza até o diretor de produção.

Somente na linha de montagem de caminhões são 3.100 profissionais, que alternam as atividades em dois turnos de oito horas cada, operando no conceito estabelecido pela empresa como “produção puxada”, no qual, os estoques são reduzidos e o ritmo empregado é determinado pela demanda dos clientes.

De acordo com a montadora, o sistema ‘puxa’ as peças para a linha de montagem conforme a sequência de produção, sendo este processo o acionador da pré-montagem de componentes, fabricação de agregados e a formação de kits de peças a serem solicitados a mais de 400 fornecedores do Brasil e do exterior.

Kaizen

Essa nova ordem de produção foi adotada a partir de processos de melhorias contínuas, denominados kaizens (termo em japonês que significa “mudança para melhor”), para alcançar a excelência operacional, baseada na otimização da produção, flexibilidade de atividades e melhoria da qualidade.


Excelência operacional por meio da flexibilidade de atividades

A marca alemã implantou um programa que envolve planos de metas dos quais participa todo o universo profissional, desde o simples parafusador até o principal gestor. Em tudo, há um forte apelo ao trabalho em equipe e foco nas pessoas.

“Quem faz a fábrica rodar são as pessoas. Preparamos o nosso funcionário com autonomia suficiente para resolver problemas e não passá-los à frente. O ser humano é o que há de mais importante na Mercedes-Benz”, revela Linsmayer.

Tal autonomia é verificada nas estações de montagem em que o próprio funcionário verifica a qualidade de seu trabalho. Nas dependências da fábrica há ainda pontos de apoio para a inspeção do produto, conforme check-list pré-definido e inspeção de produto acabado, por amostragem e também em larga escala.

Tais processos de atividades renderam frutos. Um exemplo disso são as certificações recebidas. A fábrica de SBC opera de acordo com as normas ISO TS 16949 e ISO 9001 de qualidade e ISO 14001 de meio ambiente.

Produção

Em uma área total de 1 milhão de metros quadrados e mais de dez mil colaboradores, a marca se orgulha de ter produzido mais de 1,2 milhão de caminhões e 500 mil ônibus desde a inauguração. As unidades ainda produzem os agregados que são motores, eixos e câmbios. Todos para abastecer os mercados do Brasil, América Latina, Europa, Ásia e África.


remissa é focar trabalhos na capacitação profissional e gestão participativa

“Fabricamos atualmente, por dia, aproximadamente 240 unidades, entre caminhões e chassi de ônibus. Em virtude da nossa flexibilidade de atuação, oferecemos aos nossos clientes a maior e mais completa linha de veículos comerciais do mercado nacional, destaca Linsmayer.

No portfólio de caminhões figuram 44 modelos básicos. Na linha leve, estão o Accelo e LN; na média, Atego e HPN; na linha semi-pesada estão também Atego e HPN, na pesada constam o Axor e HSK e na linha extra-pesada o Actros.

Fonte:Web Transporte

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