Transportadoras e caminhoneiros autônomos do Paraná foram surpreendidos pela cobrança dos eixos dos veículos suspensos nas rodovias pedagiadas do Estado. Desde a zero hora desta sexta-feira (25), todos os eixos passam a ser cobrados, independentemente de estarem rodando ou não.
Uma das concessionárias que operam no Estado informou que a cobrança pelo eixo suspenso já era prevista em contrato, mas por um acordo entre as empresas apenas aqueles que efetivamente rodavam eram considerados para cálculo da tarifa.
A Associação Brasileira das Concessionárias de Rodovias (ABCR), porém, informou ao Bem Paraná que nunca houve acordo oficial para isenção da cobrança, e que a medida era uma “liberalidade” das empresas.
Outra razão apontada pela ABCR foi a adoção do Via Fácil - sistema de cobrança eletrônica da tarifa. Segundo a entidade, o sistema impede o arrecadador de deixar a cancela para contar os eixos e verificar se o caminhão está realmente vazio.
A medida, como era de se esperar, desagradou as transportadoras. Segundo Marcelo Wycki, gerente de uma transportadora de São Miguel do Iguaçu, o custo da viagem de um caminhão vazio do Oeste do Paraná ao porto de Paranaguá subiu de R$ 240 para R$ 421 - já que, sem carga, o veículo roda com três de seus sete eixos erguidos.
“Nessa época de entressafra, rodamos vazios até Paranaguá. Infelizmente o aumento no custo de frete terá que ser repassado ao produtor, e por consequência ao consumidor”, afirma Wycki. O gerente afirmou que não foi informado sobre o início da cobrança. A ABCR não divulgou a medida no site da entidade, mas disse ter informado os sindicatos ligados ao setor de transporte.
No Rio Grande do Sul, a cobrança pelos eixos erguidos gerou uma enxurrada de ações judiciais movidas por caminhoneiros e transportadoras.
Um projeto de lei (nº 81/2009), de autoria dos deputados Marcelo Rangel (PPS), Péricles de Mello (PT) e Douglas Fabrício (PPS), tramita na Assembleia Legislativa do Paraná com objetivo se isentar do pagamento de pedágio os eixos suspensos dos caminhões que trafegam nas praças pedagiadas do Paraná.
Fonte:Bem Paraná
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